quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Desafios da escola inclusiva

                                             Desenvolvimento humano


continuação  da  monografia ...



A escola intervém não só na transmissão do saber científico organizado, mas também influi decisivamente nos múltiplos aspectos que compõe o processo de socialização.

Promover o desenvolvimento humano significa intervir nestes aspectos, dando-lhe um determinado sentido.

    Assim nos afirma Coll, “a educação escolar é um fenômeno essencialmente social e socializador, cuja finalidade última é promover o desenvolvimento das pessoas”.(Coll 1990)

 A transversalidade é uma alternativa para: estabelecer nos conteúdos escolares relação com a realidade vivida pelos educandos, significar mais a aprendizagem e promover a inclusão.

 Maneira pela qual a escola assumiria a intencionalidade ligada as atitudes e procedimentos sociais que deseja formar deixando de ser mera reprodutora das desigualdades sociais e preconceitos que autenticam a exclusão.

No ensino há sempre três elementos: a matéria, o professor, o aluno. Geralmente os professores entendem esses elementos de forma linear, isto é, sem perceber o movimento de ida e volta entre um e outro, sem estabelecer relações recíprocas.

Na escolha  dos conteúdos de ensino, essas relações recíprocas são constituídas, não só, da herança cultural  manifesta nos conhecimentos e habilidades, mas também, da experiência  social vivida no presente pelos alunos, isto é, nos problemas e desafios existentes no contexto em que vivem..

Devem ser elaborados numa perspectiva de futuro, uma vez que contribuem para a negação das ações sociais vigentes tendo em vista a construção de uma sociedade verdadeiramente humanizada, que tem a inclusão como regra e não como exceção.

Segundo Perrenoud, na escola deve-se aprender a conhecer, combinando uma cultura geral, suficientemente vasta, com a possibilidade de trabalhar em profundidade um pequeno número de matérias. O que também significa: aprender a aprender, para beneficiar-se das oportunidades oferecidas pela educação ao longo de toda a vida.

Aprender a fazer, a fim de adquirir, não somente uma qualificação profissional mas, de uma maneira ampla, competências que tornem a pessoa apta a enfrentar numerosas situações e a trabalhar em equipe. Mas também aprender a fazer, no âmbito das diversas experiências sociais ou de trabalho que se oferecem aos jovens e adolescentes, quer espontaneamente, fruto do contexto local ou nacional, quer formalmente, graças ao desenvolvimento do ensino alterado com o trabalho.

Aprender a viver juntos desenvolvendo a compreensão do outro e a percepção das interdependências – realizar projetos comuns e preparar-se para gerir conflitos – no respeito pelos valores do pluralismo, da compreensão mútua e da paz.

Aprender a ser, para melhor desenvolver a sua personalidade e estar à altura de agir com cada vez maior capacidade de autonomia, de discernimento e de responsabilidade pessoal. Para isso, não negligenciar na educação nenhuma das potencialidades de cada indivíduo memória, raciocínio, sentido estético, capacidades físicas, aptidão para comunicar-se.
É a  investigação e a pluralidade de possíveis caminhos que tornam o assunto interessante, sempre instigando a curiosidade.

A educação deve ser um despertar para a filosofia, para a literatura, para a música, para as artes. É isso que preenche a vida. Esse é seu verdadeiro papel.
Um dos principais objetivos da educação é  construir valores. E esses são incorporados pela criança desde muito cedo.
 É preciso mostrar a ela como compreender a si mesma para que possa compreender os outros e a humanidade em geral.
Os jovens têm  que conhecer as particularidades do ser humano. O sistema educativo não incorpora essas discussões e, pior, fragmenta a realidade, simplifica o complexo, separa o que é inseparável, ignora a multiplicidade e a diversidade. Eliminam a desordem e as contradições existentes, para dar uma falsa sensação de arrumação.

A educação deveria romper com isso mostrando as correlações entre os saberes, a complexidade da vida e dos problemas que hoje existem.


A escola deverá abrir oportunidades para que os alunos aprendam sobre temas normalmente excluídos: política, economia, sexo, drogas, saúde, meio ambiente e tecnologia”. (PCNs)

Magda Cunha



Pedagoga, Psicopedagoga, Especialista em prendizagem,
consultora na rede pública e particular de ensino

mag-helen.maravilha@gmail.com
www.promaravilha.blogspot.com




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