segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Confrontando: Educação Especial. Educação para todos e Educação Inclusiva

Em  1990  nasceu  meu  filho  com  problemas  neurológicos  e  nesse momento o  mundo  estava  transformando  seu  olhar  e  práticas  em  relação  ao  deficiente.
A  partir  de  1994  iniciou  sua  escolarização  e  os  intermináveis  percalços.

Infelizmente  o  Brasil  não  participou  da  conferência  da  Unesco  em  1992,  seu envolvimento  com  a  inclusão do  deficiente  ainda  não  era  prioridade.

Sua  participação  deu-se  a  partir  de  1994,  na  Conferência Mundial sobre Necessidades Educativas Especiais, que  lançou  a  Declaração  de  Salamanca.

                                                          OREALC / UNESCO

continuação  da  monografia ...


O representante do Brasil não compareceu ao Seminário Regional sobre Políticas, Planejamento e Organização da Educação Integrada para Alunos com Necessidades Especiais (OREALC), promovido pela Unesco em Caracas, Venezuela, nos meses de setembro/outubro de 1992.
Estiveram seis países da América Latina, pautados nas diretrizes do Programa de educação Especial, com sede na Unesco, em Paris.
Esse Seminário apresentou uma revisão histórica configurando os três enfoques com que tem sido examinada a Educação Especial: beneficente-assistencial, médico-terapêutico e educativo.

O primeiro enfoque é baseado na assistência compensatória, pelo qual os portadores de deficiências eram removidos e assistidos em centros especiais, “para toda a vida”.
No segundo enfoque predomina a natureza clínica, firmando-se através do diagnóstico e no tratamento desses indivíduos, por especialistas. O destaque recaía na reabilitação e a prática pedagógica era considerada como educação terapêutica.
No terceiro e último enfoque, o educativo, destaca-se o direito à educação, principalmente na escola comum.
Os serviços de reabilitação são considerados complementares e necessários, principalmente, para as práticas educativas de cada aluno. A educação torna-se eixo do atendimento, entendendo-se que todos os indivíduos podem e devem se apropriar do saber, do saber fazer e do saber pensar. Em síntese:

a educação especial deixa de ser entendida como uma educação diferente para os alunos diferentes, e se converte num conjunto de meios pessoais e materiais postos à disposição do sistema educativo, para que possa responder satisfatoriamente às necessidades particulares de todos os alunos”.(UNESCO/OREALC, 1992)

Em 1994 a Conferência Mundial sobre Necessidades Educativas Especiais: Acesso e Qualidade, objetivou promover a Educação para todos.

Analisou as mudanças fundamentais de política necessárias para favorecer o enfoque da educação integradora, capacitando realmente as escolas para atender todas as crianças, sobretudo às que têm necessidades educativas especiais.

Nessa conferência a Declaração de Salamanca refletiu idéias de que a escola deve levar à emancipação do ser humano e entender a educação como fato social, político e cultural.
Há, pois, um novo conceito de escola e de educação especial. Sendo que o “especial” da educação traduz-se por meios para atender a diversidade.
Uma escola aberta á diversidade, isto é, que respeite as diferenças individuais, bem como que estimule a produção de respostas criativas, define bem a educação para todos.

Segundo Mantoan, a inclusão é uma inovação, que precisa ser desvelada, tornada compreensível, no sentido das ações para efetivá-la.

     Magda  Cunha
    

    Pedagoga, Psicopedagoga, Especialista em prendizagem,
           consultora na rede pública e particular de ensino.
           
mag-helen.maravilha@gmail.com
           www.promaravilha.blogspot.com

    

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