terça-feira, 1 de setembro de 2020

Autismo - Nosso Mundo Azul e Academia do Autismo

O que  é  Autismo,  como  lidar  com  as  pessoas  que  nascem  com  esse espectro, como  elas aprendem,  como  entendem  o  mundo  que  as  cercam,  como  ajudá-los  emocionalmente, socialmente, na  escolarização  e  muito  mais,  aprendemos  na  Academia  do  Autismo, que  oferece  inúmeras  formações  com  aprofundamento  nesse  assunto.

Utilizam  a  abordagem comportamentalista ABA,  que  através  da  investigação do  comportamento,  montam  estratégias  e ações  a  fim   de  aprimorar  o  desenvolvimento  global, isso é, social, emocional e intelectual das  pessoas  que  são do espectro  autista.

Realizei  alguns  cursos  pela  Academia do  autismo  e  indico  pela  seriedade,  comprometimento,  amor, sensibilidade  e  extrema  competência. 

Um  CURSO  que é imprescindível  aos  pais, professores e aplicadores  é  o  curso  "TERAPIA ABA NO AUTISMO  PARA PAIS  E  APLICADORES".

O site Nosso mundo  azul  é  por  assinatura, um valor  pequeno, pelo enorme benefício que oferece.

Estão também no facebook  com  lives  gratuitas, no istagran  com  vários  posts  interessantes.

Os cursos  têm  preços  justos  e  pela  quantidade  de  materiais, experiências compartilhadas  e  uma  vasta  experiência  de  estudo   dos  aplicadores, em especial  do  diretor Fábio  Coelho, tenho  orgulho de  fazer  parte  da  Academia do Autismo e  do Nosso  Mundo  Azul. 

Segue alguns livros que a Academia do Autismo indica: 

Ensino de habilidades básicas - Camila Gomes Passo a Passo;

Seu caminho Margarida Windholz;

Análise do Comportamento Aplicada ao Transtorno do Espectro Autista - Ana Carolina Sella;

Daniela Mendonça Ribeiro (ORG) ABA: Ensino da Fala para Pessoas com Autismo - Celso Goyos 

Esse link é do Manual do Lovaas.

https//pt.slidehare.net/caminhosdoautismo/manual-aba-autismo-lovaas 

Dicas de filmes, bem como profissionais indicados pela Academia do Autismo você encontra no site da academia. www.academiadoautismo.com.br 

Bons estudos!

Magda  Cunha

Segue  os  links  do  "Nosso  Mundo  Azul  e  Academia do Autismo".

https://www.nossomundoazul.com.br/


https://meeting.academiadoautismo.com.br/cursos/?gclid=CjwKCAjw4rf6BRAvEiwAn2Q76o18u40lTG

AEE Educação e inclusão escolar com Leandro do Instituto Itard



Conheci recentemente as atividades do Instituto Itard e indico pela clareza, discernimento e competência que capacitam professores e especialistas para o atendimento da inclusão.

O acesso das crianças, jovens e adultos com necessidades especiais para a escola foi democratizado, porém a inclusão ainda deixa muito a desejar.

Não basta o aluno frequentar a escola, precisa ser atendido em suas especificidades.

Embora tenhamos direito a um especialista em Inclusão para acompanhar o aluno especial, dificilmente temos, e quando a escola consegue algum, esse faz revezamento entre as salas.

Infelizmente é muito precário o atendimento e as crianças tem perdas substanciais, em seu desenvolvimento, por falta de profissionais nessa área de atuação.

Magda Cunha


Fonte:

https://institutoitard.com.br/atendimento-educacional-especializado-a-verdade-do-aee-na-escola/?aff=22763






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Atendimento Educacional Especializado: a verdade do AEE na escola

Posted on 16 de maio de 2018 by Leandro Rodrigues

16 maio


Muitos professores questionam a Educação Inclusiva por não entenderem realmente o papel do Atendimento Educacional Especializado. Infelizmente, ninguém contou para eles como deveria funcionar realmente o AEE: aspectos legais, quem atua, recursos e serviços oferecidos e quando é necessário recorrer ao Ministério Público para efetivar o atendimento ao aluno que mais precisa.

Todo professor da escola regular já deve ter se perguntado:

– Como vou dar conta de ensinar esse aluno se não tenho especialização nessa área?

– Colocar um aluno com deficiência na sala de aula sem um professor especializado é exclusão e não inclusão.

– Esse aluno não tem condições de acompanhar as aulas, ele precisa de uma ajuda especializada que eu não posso oferecer.

Os argumentos continuam. Todos de alguma forma falam a respeito da necessidade de uma atenção especializada para o aluno com deficiência.

Esses professores que pensam assim estão certos! Os alunos com necessidades especiais precisam de atendimento especializado.

O que muitos desconhecem é que não é o professor da escola comum que precisa ser especialista na deficiência do aluno. Todo aluno no Brasil, desde a educação infantil até a educação superior, tem direito ao Atendimento Educacional Especializado (BRASIL, 2011).

Esse atendimento deve ocorrer no contraturno escolar e irá beneficiar tanto o aluno quanto o professor da sala de aula comum.

Se você deseja saber mais sobre Educação Inclusiva, recomendo meu post anterior chamado “O que é Educação Inclusiva: um passo a passo para a inclusão escolar”.
O professor da sala de aula comum também precisa do AEE

Um professor de uma sala de aula comum que possui um aluno com necessidades educacionais especiais tem o direito por lei a um Atendimento Educacional Especializado, pois o AEE precisa prover condições de acesso, participação e aprendizagem desse aluno no ensino regular (BRASIL, 2011).

O especialista do AEE faz a ponte entre o aluno e o professor da sala de aula comum, permitindo uma troca de experiência que contribua nesse processo educacional e em todo o contexto escolar, bem como a inserção na sociedade.

A lei diz que a oferta de educação especial (AEE) deve ocorrer preferencialmente na rede regular de ensino. Isso quer dizer que o ideal é que a escola comum tenha uma sala de recursos multifuncionais e uma equipe especialista para oferecer o atendimento educacional especializado dentro da escola. (BRASIL, 2011)

Segundo Mantoan (2003, p.23) “o ‘preferencialmente’ refere-se a ‘atendimento educacional especializado’, ou seja: o que é necessariamente diferente no ensino para melhor atender às especificidades dos alunos com deficiência, abrangendo principalmente instrumentos necessários à eliminação das barreiras que as pessoas com deficiência naturalmente têm para relacionar-se com o ambiente externo, como, por exemplo: ensino da Língua Brasileira de Sinais (Libras), do código braile, uso de recursos de informática, e outras ferramentas e linguagens que precisam estar disponíveis nas escolas ditas regulares”.

Você já ouviu falar da professora Mantoan? Separei um e-book gratuito da Mantoan sobre educação inclusiva aqui para você.

Como não é possível que todas as escolas do Brasil tenham uma sala de recursos para oferta do AEE, as escolas especiais e os centros especializados podem ficar responsáveis por realizar esse atendimento especializado.

De uma forma ou outra, o importante é que todo aluno que possua necessidades educacionais especiais tenham acesso ao AEE.
O que é AEE e quais seus objetivos?

O Atendimento Educacional Especializado é um serviço da Educação Especial para atender aos alunos que possuem necessidades educacionais especiais durante sua vida escolar.

Seu objetivo é eliminar as barreiras que possam obstruir o processo de escolarização de estudantes com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação.  

Aluno fazendo uso da cartões de comunicação alternativa elaborada pelo AEE para uma atividade de aula.

De acordo com o decreto presidencial 7611 de 17 de novembro de 2011, são objetivos do atendimento educacional especializado:

I – prover condições de acesso, participação e aprendizagem no ensino regular e garantir serviços de apoio especializados de acordo com as necessidades individuais dos estudantes;

II – garantir a transversalidade das ações da educação especial no ensino regular;

III – fomentar o desenvolvimento de recursos didáticos e pedagógicos que eliminem as barreiras no processo de ensino e aprendizagem; e

IV – assegurar condições para a continuidade de estudos nos demais níveis, etapas e modalidades de ensino.

Em resumo, podemos definir os objetivos do Atendimento Educacional Especializado em 7 etapas:

1º- Identificar as necessidades de alunos com deficiência, transtorno do espectro autista ou altas habilidades / superdotação.

2º- Elaborar plano de atuação de AEE propondo serviços de acessibilidade ao conhecimento.

3º- Produzir um material acessível para esse aluno

4º- Adquirir e identificar materiais de apoio como software, recursos e equipamentos tecnológicos, mobiliário, recursos ópticos, dicionários e outros

5º- Acompanhar o uso dos materiais na sala de aula do ensino regular.

6º- Orientar professores do ensino regular e famílias dos alunos a utilizar materiais e recursos;

7º- Promover a formação continuada para os professores do AEE e do ensino comum, bem como para a comunidade escolar geral.

Normalmente o Atendimento Educacional Especializado acontece no contraturno da escola comum que o aluno possui matrícula com o propósito de eliminar as barreiras para a plena participação de seu público-alvo.
A quem se destina o AEE?

Os alunos com deficiência física, intelectual, visual, auditiva, múltiplas, transtornos do espectro autista (TEA) e também alunos com altas habilidades / superdotação são público-alvo do Atendimento Educacional Especializado.

Abaixo vamos entender cada um desses aspectos de forma bem resumida.

Deficiência Física são complicações que levam à limitação da mobilidade e da coordenação geral, podendo também afetar a fala, em diferentes graus.

Deficiência Intelectual é a dificuldade de raciocínio e compreensão que leva a um quadro de inteligência e conjunto de habilidades gerais abaixo da média.

Deficiência Auditiva é a perda parcial ou total da audição.

Deficiência Visual é a perda parcial ou total da visão.

Deficiências Múltiplas são uma associações entre diferentes deficiências, com possibilidades bastante amplas de combinações. Ex: deficiência intelectual e física.

TEA – Transtorno do espectro autista é uma uma síndrome comportamental que afeta a capacidade de comunicação, socialização e de comportamento.

Altas habilidades ou Superdotação é caracterizada pelo desenvolvimento de uma habilidade significativamente superior a da média da população em alguma das áreas do conhecimento.
Os desafios do Atendimento Educacional Especializado

O atendimento educacional especializado deve integrar a proposta pedagógica da escola, envolver a participação da família para garantir pleno acesso e participação dos estudantes, atender às necessidades específicas das pessoas público-alvo da educação especial, e ser realizado em articulação com as demais políticas públicas. (BRASIL, 2011)

O desafio é enorme. O AEE tem muitas responsabilidades, como o ensino de Libras, Braille, de tecnologias assistivas e comunicação alternativa.

Na verdade, o maior desafio da Educação Inclusiva está no Atendimento Educacional Especializado.

Se todo aluno que possui necessidades educacionais especiais tiver acesso a um atendimento educacional especializado de sucesso irá inegavelmente progredir em seu aprendizado.

Claro que uma sala de aula saudável, inclusiva, com professores conscientes da sua responsabilidade com a diversidade e as diferenças irá colaborar com o aluno.

Mas é claro que isso nem sempre acontece. Infelizmente nem toda escola oferta o AEE como deveria. Saiba o que fazer nesse caso lendo o tópico a seguir.
Ministério Público: o que fazer quando a escola pública ou particular não está preparada para alunos com necessidades educacionais especiais?

A escola não pode/consegue ofertar o Atendimento Educacional Especializado? Leia isso:

Art. 4o […] § 1o Considera-se discriminação em razão da deficiência toda forma de distinção, restrição ou exclusão, por ação ou omissão, que tenha o propósito ou o efeito de prejudicar, impedir ou anular o reconhecimento ou o exercício dos direitos e das liberdades fundamentais de pessoa com deficiência, incluindo a recusa de adaptações razoáveis e de fornecimento de tecnologias assistivas.

A coisa é séria. É dever do estado ofertar para escolas todos os recursos que precisarem para atender a seus alunos.
No caso da escola pública sem oferta do AEE

Antes de culpar a direção da escola pública e seus professores, saiba que pode ser muito difícil equipar uma escola para a inclusão. O professor solicita recursos para a direção da escola, que por sua vez solicita para a secretaria municipal de educação.

E se a secretaria de educação do meu município diz que não tem como atender?

Faça uma denúncia ao ministério público. Parece um pouco assustador, mas esse é o procedimento padrão hoje, infelizmente. Se seu município não dá ao seu aluno o que é dele por direito, então denuncie ao ministério público.
No caso da escola particular sem oferta do AEE

E se a escola for particular? O mesmo se aplica a escola particular.

Sempre que o AEE for requerido pelos alunos com deficiência, com transtornos globais do desenvolvimento ou com altas habilidades/superdotação, as escolas deverão disponibilizá-lo, não cabendo o repasse dos custos decorrentes desse atendimento às famílias dos alunos.

As instituições de ensino privadas deverão efetivar a matrícula no ensino regular de todos os estudantes, independentemente da condição de deficiência física, sensorial ou intelectual, bem como ofertar o atendimento educacional especializado, promovendo a sua inclusão escolar.

Isso quer dizer que as escolas particulares de qualquer nível, etapa ou modalidade, devem arcar com as despesas da oferta do AEE e demais recursos e serviços de apoio da educação especial, caso contrário será considerado descaso deliberado aos direitos dos alunos o não atendimento às sua necessidades educacionais específicas.

O não cumprimento da legislação deve ser encaminhado ao Ministério Público, bem como ao Conselho de Educação o qual, como órgão responsável pela autorização de funcionamento dessas escolas, deverá instruir processo de reorientação ou descredenciá-las.

Você pode ler mais sobre esse assunto em Orientações sobre Atendimento Educacional Especializado na rede privada (Nota Técnica 15/2010 – MEC/ CGPEE/GAB)



Ofertar o AEE é um desafio tanto para escolas públicas quanto particulares. Mas não pára por ai.
Desafios do AEE

Vou citar agora alguns exemplos comuns dos desafios diários entre a escola e o AEE

Exemplo 1 – O aluno surdo que está sendo alfabetizado

É direito do aluno surdo estar matriculado em uma escola comum próxima de sua residência.

Esse aluno está assistindo aulas para ser alfabetizado em língua portuguesa na sala de aula comum, por uma professora com licenciatura em pedagogia, sem especialização específica, sem conhecimento de Libras.

Se esse aluno souber Libras, na sala de aula comum deverá ter um intérprete de Libras para que o aluno e seu professor possam se comunicar.

Caso o aluno ainda não saiba Libras, deverá aprender com um instrutor de Libras preferencialmente na própria escola comum, ou em um centro especializado.

É papel do AEE ensinar Libras ao aluno e oferecer um intérprete de Libras para a sala de aula comum. Sem o AEE fica impossível que o aluno surdo tenha acesso pleno ao currículo da sua aula de língua portuguesa.

Exemplo 2 – O aluno cego e as aulas de matemática

É direito do aluno cego estar matriculado em uma escola comum próxima de sua residência.

Esse aluno sabe Braille, acabou de ingressar na escola e irá assistir uma aula de matemática.

O professor de matemática sabe que precisa de um material pedagógico especial em Braille para que seu aluno cego possa acompanhar suas aulas. Como não é possível conseguir esse material em sua escola, o professor entra em contato com o Atendimento Educacional Especializado apresentando seu plano de aula e solicita ajuda para adaptar seu material de aula para Braille, de forma que o aluno cego consiga ter acesso.

É papel do AEE o desenvolvimento de recursos didáticos e pedagógicos em Braille, para eliminar as barreiras no processo de ensino e aprendizagem.

Exemplo 3 – O aluno que não presta atenção às aulas

Uma professora de educação infantil de uma turma de Pré II sabe que um de seus alunos é diferente dos demais. Esse aluno de 6 anos de idade não faz contato visual, se irrita facilmente, se comunica com dificuldade e fica mais tempo de pé do que sentado na sala.

Ciente de que seu aluno precisa de uma ajuda profissional, a professora em harmonia com a coordenação pedagógica e a direção da escola encaminham o aluno para a psicóloga com um relatório do dia a dia em sala de aula.

A psicóloga percebe os indícios de autismo, mas não quer fechar um diagnóstico.

É importante nesse momento orientar aos pais do aluno a fecharem um diagnóstico o mais rápido possível para que seu filho tenha acesso a um atendimento educacional especializado.

Deve ser enfatizado que com esse atendimento o aluno poderá se desenvolver mais rapidamente e ter melhor aproveitamento nas aulas. Pode ser sugerido pelos especialistas uma terapia ABA, por exemplo, para ensinar ao aluno a olhar para a professora, ficar sentado e se comunicar verbalmente quando algo o estiver incomodando.

Sem um atendimento especializado esse aluno ficará excluído em sala de aula, comprometendo a continuidade de seus estudos nos próximos níveis.

É direito do aluno autista estar matriculado em uma escola comum próxima de sua casa.

Nesses 3 exemplos fictícios quis enfatizar a importância da parceria entre o professor da escola comum e o especialista do AEE.

No próximo tópico, vamos entender melhor quem são esses especialistas.
Quem atua no Atendimento Educacional Especializado (AEE)?

O professor do AEE acompanha e avalia a funcionalidade e a aplicabilidade dos

recursos pedagógicos e de acessibilidade na sala de aula comum e nos demais ambientes da escola, considerando os desafios que estes vivenciam no ensino comum, os objetivos do

ensino e as atividades propostas no currículo, de forma a ampliar suas habilidades, promovendo sua aprendizagem. Este atendimento prevê a criação de redes intersetoriais de

apoio à inclusão escolar, envolvendo a participação da família, das áreas da educação, saúde, assistência social, dentre outras, para a formação dos profissionais da escola, o acesso a serviços e recursos específicos, bem como para a inserção profissional dos estudantes.

Para atuar no Atendimento Educacional Especializado o professor deve ter uma formação especializada.

Essa formação se dá mediante o previsto pela Resolução CNE /CEB nº 2, de 11 de setembro de 2001, no artigo 18, § 1º, que expressa que:
1º São considerados professores capacitados […] aqueles que comprovem que, em sua formação, de nível médio ou superior, que foram incluídos conteúdos sobre educação especial adequado ao desenvolvimento de competências e valores para […] perceber as necessidades educacionais especiais dos alunos e valorizar e educação inclusiva. […]
3º Os professores especializados em educação especial deverão comprovar formação em cursos de licenciatura em Educação Especial ou em uma área específica. […] ou complementação de estudos de pós-graduação em área específica da educação especial. (BRASIL, 2001).
12 importantes atribuições do professor de AEE

Parece que o professor do AEE tem uma lista interminável de atribuições e funções. Esse versátil profissional tem muitos desafios e compromissos, além de uma grande responsabilidade. Dê uma olhada em algumas importantes atribuições:

1# O professor especialista do AEE deve identificar as NEE; definir,implementar, liderar e apoiar a implementação de estratégias de flexibilização; realizar a adaptação curricular, bem como os procedimentos didáticos pedagógicos e práticas alternativas; e trabalhar em equipe.

2# Reservar um dia da semana para planejamentos e estudos coletivos, envolvendo Coordenador Pedagógico, Professor Regente, Profissional de Apoio à Inclusão, Intérpretes de Libras, Instrutor de Braille/Libras.

3# Promover encontros mensais com os pais e/ou responsáveis pelos estudantes para socialização acerca de seu desenvolvimento e aprendizagem.

4# Organizar no AEE os recursos pedagógicos e de acessibilidade para os estudantes público-alvo da educação especial.

5# Reservar um dia da semana para planejamentos e estudos coletivos, envolvendo Coordenador Pedagógico, Professor Regente, Profissional de Apoio à Inclusão, Intérpretes de Libras, Instrutor de Braille/Libras.

6# Promover encontros mensais com os pais e/ou responsáveis pelos estudantes para socialização acerca de seu desenvolvimento e aprendizagem.

7# Organizar no AEE os recursos pedagógicos e de acessibilidade para os estudantes público-alvo da educação especial.

8# Registrar a frequência, diariamente, num diário escolar oficial.

9# Elaborar o Plano de Desenvolvimento Individual a ser executado e registrar o desenvolvimento e dificuldades dos estudantes atendidos.

10# Atender aos estudantes, duas vezes por semana, perfazendo um total mínimo de duas horas aulas semanais (conforme o planejamento da escola)

11# Participar da elaboração do regimento interno da unidade educacional, bem como do Projeto Político-Pedagógico.

12# Reconhecer as necessidades de recursos pedagógicos e de Tecnologia Assistiva que melhor atendem o estudante na escola comum.

É claro que cada aluno é único e não existe receita pronta para atender a todos de forma genérica. Um exemplo disso é a nota técnica do MEC que define algumas orientações para o AEE com alunos autista. Confira logo abaixo.
Atendimento Educacional Especializado para pessoas com autismo

Segundo a Nota Técnica nº 24/2013/MEC/SECADI/DPEE, do Ministério da Educação, o Atendimento Educacional Especializado para alunos com autismo possui algumas orientações que devem implementar a Lei nº 12.764/2012, que trata dos direitos da pessoas com TEA.

A formação dos profissionais da educação possibilitará a construção de conhecimento para práticas educacionais que propiciem o desenvolvimento sócio cognitivo dos estudantes com transtorno do espectro autista. Nessa perspectiva, a formação inicial e continuada deve subsidiar os profissionais, visando à/ao:

Superação do foco de trabalho nas estereotipias e reações negativas do estudante no contexto escolar, para possibilitar a construção de processos de significação da experiência escolar;

Mediação pedagógica nos processos de aquisição de competências, por meio da antecipação da organização das atividades de recreação, alimentação e outras, inerentes ao cotidiano escolar;

Organização de todas as atividades escolares de forma compartilhada com os demais estudantes, evitando o estabelecimento de rituais inadequados, tais como: horário reduzido, alimentação em horário diferenciado, aula em espaços separados;

Reconhecimento da escola como um espaço de aprendizagem que proporciona a conquista da autonomia e estimula o desenvolvimento das relações sociais e de novas competências, mediante as situações desafiadoras;

Adoção de parâmetros individualizados e flexíveis de avaliação pedagógica, valorizando os pequenos progressos de cada estudante em relação a si mesmo e ao grupo em que está inserido; Interlocução permanente com a família, favorecendo a compreensão dos avanços e desafios enfrentados no processo de escolarização, bem como dos fatores extraescolares que possam interferir nesse processo;

Intervenção pedagógica para o desenvolvimento das relações sociais e o estímulo à comunicação, oportunizando novas experiências ambientais, sensoriais, cognitivas, afetivas e emocionais;

Identificação das competências de comunicação e linguagem desenvolvidas pelo estudante, vislumbrando estratégias visuais de comunicação, no âmbito da educação escolar, que favoreçam seu uso funcional no cotidiano escolar e demais ambientes sociais;

Interlocução com a área clínica quando o estudante estiver submetido a tratamento terapêutico e se fizer necessária a troca de informações sobre seu desenvolvimento;

Flexibilização mediante as diferenças de desenvolvimento emocional, social e intelectual dos estudantes com transtorno do espectro autista, possibilitando experiências diversificadas no aprendizado e na vivência entre os pares;

Acompanhamento das respostas do estudante frente ao fazer pedagógico da escola, para a aquisição de conhecimentos e o desenvolvimento de competências, considerando a multiplicidade de dimensões que envolvem a alfabetização, a resolução das tarefas e as relações interpessoais, ao longo da escolarização;

Aquisição de conhecimentos teóricos-metodológicos da área da Tecnologia Assistiva, voltada à Comunicação Alternativa/Aumentativa para estes sujeitos.

Planejamento e organização do atendimento educacional especializado considerando as características individuais de cada estudante que apresenta transtornos do espectro autista, com a elaboração do plano de atendimento objetivando a eliminação de barreiras que dificultam ou impedem a interação social e a comunicação.

Falando em planejamento, olhe abaixo o e-book gratuito do Plano de Desenvolvimento Individual para você fazer download. Esse assunto é tão profundo que terá um post exclusivo só para ele.
As Tecnologias Assistivas devem existir no AEE

Para as pessoas sem deficiência, a tecnologia torna as coisas mais fáceis.

Para as pessoas com deficiência, a tecnologia torna as coisas possíveis. (RADABAUGH, 1993).

O profissional do AEE deve conhecer os fundamentos da Tecnologia Assistiva e da Comunicação Alternativa para melhor exercer seu papel. Abrir mão desses recursos é um verdadeiro desperdício. Temos hoje muitos programas, aparelhos, metodologias, produtos… enfim, um mundo de recursos e serviços que cresce a cada dia beneficiando a todos.

Infelizmente a graduação de pedagogia carece de disciplinas relacionadas à tecnologia na educação, principalmente as relacionadas à tecnologia assistiva. Existe um abismo separando os pedagogos dos recentes avanços tecnológicos que podem beneficiar suas aulas e seus alunos.

Bom, mas vamos antes de tudo definir Tecnologia Assistiva. Segundo o conceito proposto pelo Comitê de Ajudas Técnicas, da Secretaria dos Direitos Humanos da Presidência da República:

Tecnologia Assistiva é uma área do conhecimento, de característica interdisciplinar, que engloba produtos, recursos, metodologias, estratégias, práticas e serviços que objetivam promover a funcionalidade, relacionada à atividade e participação de pessoas com deficiência, incapacidades ou mobilidade reduzida, visando sua autonomia, independência, qualidade de vida e inclusão social (GALVÃO FILHO et al., 2009, p. 26).

Uma dica: quando falamos de Tecnologia Assistiva vale destacar o professor Teófilo Galvão Filho. Se você pretende escrever algo sobre esse assunto é obrigatório citar Galvão Filho.

Escrevi um post dedicado somente a Tecnologia Assistiva: o que é e como usar na escola sem saber informática, dê uma olhada!
O que são os recursos de Tecnologia Assistiva?

São considerados recursos de Tecnologia Assistiva, portanto, desde artefatos simples, como uma colher adaptada, uma bengala ou um lápis com uma empunhadura mais grossa para facilitar a preensão, até sofisticados sistemas computadorizados, utilizados com a finalidade de proporcionar uma maior independência e autonomia à pessoa com deficiência (GALVÃO FILHO, 2009b).

Tecnologia Assistiva pode ser utilizada na Sala de Recursos Multifuncionais, na sala de aula comum, em casa, no trabalho, no carro e em qualquer lugar que seja necessário.

É interessante deixar claro que o aluno com deficiência PODE SIM levar tecnologia assistiva para a 

sala de aula comum.  

Aluno utilizando o DOSVOX

Você já ouviu falar do software DOSVOX? Vou contar uma história rápida aqui.

Uma menina cega em idade de alfabetização tinha dificuldade de aprender Braille devido a um problema na ponta dos dedos, embora já soubesse escrever utilizando um programa em seu computador, onde trocava e-mails com seu pai que estava no exterior.

Essa menina era reprovada na sua série por não aprender o Braille, necessário para prosseguir em sua alfabetização, apesar de já saber escrever perfeitamente utilizando seu programa no computador.

Com o auxílio de um professor a realidade dessa menina mudou, pois o computador foi levado para a sala de aula e utilizado para para fins de exercícios, atividades e avaliação. Até as provas passaram a ser feitas utilizando o computador, onde a menina podia escrever suas respostas sem problemas.

O programa utilizado pela menina e seus professores se chama DOSVOX. Esse programa foi desenvolvido na UFRJ, é brasileiro, em português e GRATUITO.

Na minha opinião, todo professor deveria conhecer esse programa, para utilizar no caso de um aluno cego fazer parte de sua turma.

Pensando nisso, gravei uma aula muito especial sobre DOSVOX para professores que ainda não conhecem a ferramenta. A aula é totalmente gratuita, dá direito a certificado e está disponível aqui no site. Clique aqui para participar do Curso Grátis de DOSVOX na Inclusão Escolar!
Referências

BRASIL, DECRETO Nº 7.611, DE 17 DE NOVEMBRO DE 2011 – Dispõe sobre a educação especial, o atendimento educacional especializado e dá outras providências, 2011

MANTOAN, Maria Tereza Egler, Inclusão escolar: O que é? Por quê? Como fazer? SP: Moderna, 2003.

BRASIL, Resolução CNE /CEB nº 2, de 11 de setembro de 2001 – Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica, 2001

BRASIL, Nota Técnica nº 24/2013/MEC/SECADI/DPEE, Orientação aos Sistemas de Ensino para a implementação da Lei nº 12.764/2012 ,2013

RADABAUGH, Mary Pat. Study on the Financing of Assistive Technology Devices of Services for Individuals with Disabilities – A report to the president and the congress of the United State, National Council on Disability, Março 1993

GALVÃO FILHO, T. A. A Tecnologia Assistiva: de que se trata? In: MACHADO, G. J. C.; SOBRAL, M. N. (Orgs.). Conexões: educação, comunicação, inclusão e interculturalidade. 1 ed. Porto Alegre: Redes Editora, 2009. Esse registro foi postado em Atendimento Educacional Especializado,Educação Especial,Equipe Itard e marcado AEE,Atendimento Educacional Especializado,Tecnologias Assistivas.




Leandro Rodrigues

Eu sou Leandro e acredito que as pessoas podem evoluir muito além dos rótulos, estigmas e preconceitos. Todos podem aprender. Esp. em Educação, Diversidade e Inclusão Social. Formação inicial em Ciência da Computação. Fundador do Instituto Itard e criador do curso Adaptando Atividades para Alunos com Deficiência.
Como utilizar o DOSVOX em sala de aula? Prática para professores
Orientação e Mobilidade para Cegos: relevância do atendimento desde a infância até a universidade



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segunda-feira, 15 de junho de 2020

Jogos de Estratégia para confeção - Dica Site Tempo Junto

Bom dia!

Todo  o  tempo  que  temos  com  nossa  família  é  fundamental  para  formação emocional, relacional, intelectual, moral, afetiva e  tudo  que  precisamos  para  os  constituir  cidadãos  de  bem.
No  site Tempo Junto você  irá  encontrar dicas  de  aproveitamento  com  qualidade, junto  aos  familiares  e  abusará da  criatividade  e  prazer  nessa  infindável  tarefa  que  é  educar.

Magda  Cunha

Fonte:  https://www.tempojunto.com/

10 Jogos de estratégia com materiais simples para fazer com as crianças





Raciocínio, concentração, análise de cenário e capacidade de mudar de opinião para alcançar um objetivo. Esses são temas que parecem “coisas de adulto”, não é mesmo? Mas não é bem assim! Todas essas referências estão ligadas a habilidades que seu filho também vai precisar para a vida escolar e, claro, para a vida adulta também. Neste post de hoje, 10 Jogos de estratégia com materiais simples para fazer com as crianças, reunimos brincadeiras para desenvolver essas habilidades com seus filhos de um jeito leve e divertido.

1 – Grande engarrafamento

Esse é um jogo comum na Ásia (Índia, Japão e China) e como o nome do post indica, é uma das nossas ideias de jogos de estratégia com materiais simples. Clique aqui para ver o post que explica direitinho como jogar. Aliás, enquanto você lê, peça para as crianças separarem papel sulfite tamanho A4,  lápis, régua, e 6 botões (ou similar), sendo 3 de cada cor.  Só precisa desses materiais para começar a diversão.

2 – Torre de Hanói

A torre de Hanoi é um dos jogos de estratégia que pode contribuir com o desenvolvimento da memória, do planejamento e da solução de problemas. Neste post aqui, a Pat Camargo mostra como brincar e como montar o jogo, usando materiais simples como canudo, bandeja de isopor, papelão e guache.

3 – Cidade Dorme

Esse é um jogo de estratégia parecido com o Detetive, mas tem um jeito mais moderno de brincar.  Aqui neste post , a Pat Camargo mostra o passo a passo para você jogar com as crianças pequenas e grandes. Aliás, ao invés de ensinar as regras, aproveite e brinque junto com elas. Essa é mais uma opção divertida dos nossos 10 jogos de estratégia com materiais simples para fazer com as crianças!


4 – Pong Hau

Essa é uma opção dos nossos jogos de estratégia e raciocínio bem simples de fazer e portátil.  Dá para levar na bolsa e brincar onde quiser. O nome do jogo é Pong hau k’i, mas a Pat Camargo resolveu chamá-lo Jogo Chinês, neste post aqui  em que ela explica o passo a passo para montar o jogo e brincar!

5 – Can U escape

Sabe aqueles jogos de estratégia em que os participantes têm um tempo determinado para revolver vários enigmas e se livrar de uma sala fechada? Aqui, na capital paulista, tem até casas que se especializaram neste jogo. Mas a Pat Camargo, que sempre promove jogos em família, resolveu trazer a diversão do Can U Escape para dentro de casa e brincar com as crianças. Então. clique aqui para ver o passo a passo da brincadeira e divirta-se com as crianças!

6 – Jogo dos Pontinhos









7 – Jogo da Velha

Como a Pat Camargo explica neste post aqui, o Jogo da velha é uma brincadeira para dentro e fora de casa que estimula a velocidade de raciocínio. Então, podemos incluí-lo facilmente na nossa lista de jogos de estratégia com materiais simples para fazer com as crianças. Mas o que a Pat mostra não é apenas aquele formato tradicional da brincadeira. Tem outras formas, inovadoras e muito divertidas de brincar também. Clique aqui para ver =)

8 – Damas e xadrez com botões

No vídeo a Pat Camargo destaca logo e cara: não precisa comprar o jogo! Afinal, dá para jogar damas e xadrez – usando materiais simples como o papelão para montar o tabuleiro e sementes e botões para serem usados como as peças de cada jogador. Aliás, esses são excelentes jogos de estratégia com  muitos benefícios como, por exemplo, o desenvolvimento de raciocínio, pensamento estratégico e matemático do jogo. Sem contar a noção espacial, a concentração e a capacidade de entender seu oponente. Bóra jogar?

9 – Jogo da Raposa e Gansos

Nesse jogo a raposa precisa comer os gansos e, por outro lado, os gansos também precisam cercar a raposa. Um excelente jogo de estratégia que pode ser feito com materiais simples como cartolina, canetinha, fita adesiva preta e régua. Para a peça que será a raposa você pode escolher um botão grande ou até uma tampa maior como as de amaciante, por exemplo. Já para os gansos, podem ser botões ou tampinhas menores. Dá até para usar pedrinhas! Clique aqui e confira o passo a passo neste post da Folha de São Paulo.

10 – Batalha Naval

A ideia desse jogo de estratégia aqui é uma batalha naval diferente da tradicional. Pela imagem pode parecer difícil, mas não é. Aliás, esse jogo envolve também ter noção espacial para acertar aonde está a armada adversária.  E tudo com materiais simples como, por exemplo, folha de papel sulfite, caneta vermelha e caneta preta. Bóra jogar? Clique aqui para ver o passo a passo neste post que a Patricia Marinho escreveu.




Gostou das nossas dicas de jogos de estratégia? Então, quer mais uma dica de brincadeira que é super legal para desenvolver o raciocínio das crianças?! Clique aqui ou na imagem para baixar um PDF gratuito com várias Pegadinhas de Raciocínio e divirta-se com as crianças =)








quarta-feira, 29 de abril de 2020

Mapeamento Curricular Socioemocional

Bom dia!

Estou encantada com o Blog Educador 360 e indico pra vocês.
Nesta postagem eles disponibilizam um e-book sobre Mapeamento curricular socioemocional, é fantástico!
Se você é um professor antenado, pesquisador e gosta de contínuas aprendizagens, esse é um blog muito inspirador.

Magda Cunha

Fonte: https://educador360.com/gestao/como-analisar-e-divulgar-os-dados-pos-avaliacao/
           Blog Educador 360



Como analisar e divulgar os dados pós-avaliação do Mapeamento Curricular Socioemocional

Você terminou de aplicar em seu colégio as avaliações do Mapeamento Curricular Socioemocional. Após nossa devolutiva, você receberá um e-mail com dois arquivos:
  • Apresentação mostrada em reunião
  • Notas por aluno
Este post vai lhe auxiliar a analisar os dados de nossa apresentação durante e após a devolutiva e também divulgar os resultados entre os alunos, pais e equipe pedagógica.

Como identificar as principais dificuldades?

Para identificar as principais dificuldades de seus alunos a partir do resultado do Mapeamento Curricular Socioemocional, há dois caminhos: sob a perspectiva de notas médias e sob a perspectiva de competências e habilidades. Em ambos os caminhos, o passo-a-passo para analisar os dados é basicamente o mesmo: priorizar, investigar causas e construir um plano de ação.
As notas médias podem ser analisadas utilizando as escalas de desempenho, para saber mais sobre as escalas de desempenho acesse aqui e aqui.  

Priorizar e investigar

O 1º passo é priorizar, identificando, em relação ao nível considerado adequado para a série em questão, quem são os alunos nos níveis mais abaixo e também os alunos situados nos níveis muito acima. Aqui, o objetivo é orientar os professores a direcionar sua atenção a estes alunos, engajá-los em sala de aula, organizar reforços, e mantê-los motivados a participar das aulas. O 2º passo é investigar e identificar a causa raiz para o baixo desempenho de cada aluno na avaliação como um todo.
Sob a perspectiva de competências e habilidades, a etapa de priorização consiste em identificar quais são as competências e habilidades de menor proficiência. Para investigar as causas das dificuldades dos alunos, primeiramente relacione as habilidades priorizadas com conteúdos curriculares, para entender melhor em que momento das aulas essa dificuldade pode ser endereçada.
Alguns exemplos de possíveis motivos são: falta de motivação ou interesse do aluno na escola ou na avaliação em específico, dificuldade do aluno na disciplina ou conteúdo em questão, ou até mesmo algum problema pessoal ocorrido no momento da avaliação, conteúdo ainda novo para a turma, questão que avaliou a habilidade com baixa proficiência era de dificuldade muito elevada, entre outros.

Definindo Estratégias

Com essas informações em mãos, podemos começar a definir estratégias para mitigar as causas identificadas. Em primeiro lugar, deve-se tratar do que pode ser corrigido de imediato e, em seguida, deve-se estruturar um plano de ação para superar as demais dificuldades identificadas.
Um bom plano de ação contém definição de objetivos e metas, e para cada objetivo deve-se especificar principalmente:
  • Motivo (dificuldade identificada e causa raiz);
  • Quem será o responsável por conduzir ou supervisionar cada ação;
  • Como essa ação será trabalhada em sala de aula;
  • Se possível, as ações também podem ser ligadas a prazos, para dar ritmo ao plano ou para planejar o momento de reavaliar os alunos para verificar se houve evolução nos pontos trabalhados.
É muito importante também o envolvimento de toda a equipe pedagógica, para que todos estejam alinhados e engajados a favor de um objetivo em comum. Portanto, divulgue as ações definidas para todos os envolvidos antes de começarem a execução do plano, e mantenha a equipe sempre atualizada sobre o andamento e possíveis ajustes.

Como divulgar os resultados?

Após a devolutiva você receberá, além da apresentação mostrada em videoconferência, uma planilha excel contendo as notas individuais de cada um e também um boletim por aluno. As avaliações Socioemocionais interferem em todas as disciplinas, e não apenas na de matemática.
Acreditamos que os resultados analisados em videoconferência devem ser compartilhados com a equipe pedagógica, buscando as melhores soluções a serem aplicadas aos alunos e instituição.
Já para pais e alunos, contamos com um boletim individual, onde cada aluno receberá sua proficiência nos 4 tópicos da matriz (matemática) e a avaliação nas 4 habilidades (Socioemocionais), além de recomendações para as áreas de menor proficiência.

Como a sua escola pode trabalhar com os dados obtidos e melhorar resultados

O principal diferencial para um bom aproveitamento dos resultados da avaliação é a maneira com que os dados recebidos serão trabalhados pela escola. É crucial que se ponham em prática as soluções e recomendações apresentadas o quanto antes. Com os resultados em mãos, a primeira ação a ser feita deve ser divulgá-los para toda a equipe pedagógica, e não só para os professores de Matemática. Isso porque as análises Socioemocionais interferem também em todas as demais disciplinas.
Como você já sabe, este é o momento ideal para refletir e investigar junto à equipe as causas das dificuldades mapeadas e construir um planejamento para correção de deficiências e desenvolvimento de habilidades dos alunos. Este pode ser um momento muito interessante para a sua equipe aproveitar essa oportunidade para ser criativa e sair um pouco da rotina. O planejamento deve abranger ações capazes de mitigar todas as causas identificadas para as dificuldades da turma.
Por exemplo, uma das causas para o baixo desempenho dos alunos pode ser a falta de interesse em ser participativo em sala de aula. O desinteresse também pode ocorrer entre os alunos de alto desempenho, causado pela desmotivação. Propor atividades desafiadoras, que saiam da rotina e chamem a atenção dos alunos pode ser exatamente o que eles precisam para ficar mais engajados em sala de aula e absorver melhor o conteúdo.
Outra causa identificada pode ser o fato da didática utilizada pelo professor ao repassar o conteúdo não ser adequada para aquele perfil de aluno. Geralmente, uma turma engloba perfis diversos e o professor deve se adaptar ao estilo e às necessidades de cada  um. A aplicação de atividades interdisciplinares pode ser interessante para ajudar o aluno a ter uma visão mais sistêmica da escola e entender a relevância do que está sendo estudado em relação às demais disciplinas e à vida real.
Também existe a possibilidade de contratar uma solução externa que trabalhe o Socioemocional dos alunos por meio de ferramentas, como jogos Socioeducativos ou soluções que avaliem os alunos periodicamente, como simulados. Sugerimos abaixo algumas atividades que podem ser aplicadas de acordo com as necessidades identificadas nos resultados obtidos:
  • Utilização de jogos Socioeducativos durante as aulas para desenvolvimento de habilidades Socioemocionais;
  • Visitas a museus ou parques, correlacionando as mesmas com o que está sendo aprendido em sala de aula;
  • Aulas ou atividades integrando duas ou mais disciplinas;
  • Utilização de músicas, filmes ou desenhos no processo de aprendizado, tornando a aula mais divertida para o aluno;
  • Inclusão aulas de debate sobre temas diversos para que os alunos aprendam a expressar suas opiniões e emoções em frente a outras pessoas;
  • Sugerir leituras complementares de livros ou revistas em quadrinho que auxiliem no processo de aprendizagem;
  • Inclusão do aluno no processo de planejamento, com sugestões para serem aplicadas em aula.
É importante ressaltar que os resultados de uma única avaliação não são suficientes para otimizar o desempenho de seus alunos. Esse processo de avaliação, análise e execução do planejamento deve ser cíclico, ou seja, os alunos devem ser reavaliados para constatar a eficácia das ações realizadas e reiniciar o processo.

Em tempos de quarentena, materiais gratuitos

Bom dia!

Nesse tempo de isolamento social é importante termos cuidado com nossa rotina diária.

A rotina que estávamos habituados a seguir foi abruptamente modificada, provocando uma instabilidade emocional.

Para adaptação ao isolamento social precisamos de uma nova rotina.
Contudo, essa nova rotina deve seguir algumas regras. Tais como a permanência em casa e saída só para necessidades imprescindíveis, como compras de remédios, alimentos, ida aos postos de saúde e hospitais; intensificar os hábitos de higiene, como lavar as mãos várias vezes ao dia,  usar o álcool em gel 70, lavar os alimentos que vem do super mercado, a casa e roupas que foram expostas ao ambiente externo. Evitar levar as mãos a boca, olhos e nariz. Utilizar máscara quando sair de casa.

Não são tempos fáceis e precisamos cuidar de nossos corpos e mentes.
Consumir alimentos mais saudáveis, muita água, banho de sol e distrações.
Se possível, evitar confrontos, conflitos e situações de estresse, não sofrer em silêncio ou se desesperar, buscar ajuda se precisar.

Uma parcela da população continuou sua rotina de trabalho e está sofrendo uma pressão grande, pois teme por sua saúde e de seus familiares.
Esses profissionais também alteraram suas rotinas, muitos trabalham em períodos reduzidos ou ampliados, dependendo da situação que foi requerido pelo seu empregador.
Alguns desses optaram por morar em hotéis, casa de amigos ou mesmo no trabalho, quando possível.

Tudo isso para proteger seus familiares idosos ou os aqueles fazem parte do grupo de risco (têm doenças crônicas que alteram suas imunidades, para menor).
 
Seguem algumas dicas abaixo, para você que está em casa isolado, para melhor enfrentamento nesse período.

Aproveitem para realizarem atividades prazerosas, lúdicas e que fortaleçam seu sistema imunológico, como exemplo, conversar virtualmente com amigos, interagir em família,  cantarolar, dançar, jogar, bordar, crochetar, tricotar, costurar, escrever, pesquisar sobre assuntos curiosos, cozinhar, cochilar , fazer exercícios, assistir filmes e documentários e tudo mais que sua criatividade permitir.
Para aqueles que navegam, a internete está repleta de ideias para todos os gostos.

Se sua casa está precisando de uma repaginada, aproveite para organizar, mudar os móveis de lugar, fazer aquela limpeza detalhada, separar objetos e roupas que possam ser doados, cuidar de seus animais de estimação e plantas com mais atenção, viva com intensidade e controle sua ansiedade.

Tudo vai passar em breve e precisamos sair dessa situação fortalecidos e mais experientes.

Cuide de si e dos outros, nesse momento de isolamento social precisamos estar muito atentos aos mais fragilizados, ajudar da melhor forma possível, doar alimentos e levar uma palavra amiga aos que estão desorientados.
Juntos somos mais fortes!

Abaixo tem algumas sugestões  que foram disponibilizadas gratuitamente por algumas editoras e outros serviços de entretenimento,  para esse período de isolamento social.

Boa quarentena a todos!

Magda Cunha

Fonte: https://educador360.com/gestao/gestao-escolar/quarentena-e-estudos/
Educador 360






APROVEITE A QUARENTENA PARA ESTUDAR

Editoras especializadas abrem na internet conteúdo de alta qualidade para ajudar professores e gestores a combater o tédio do isolamento social e aproveitarem para estudar
O isolamento social a que todos fomos submetidos pelo coronavírus acabou de começar no Brasil, ainda é um fenômeno novo. Mas os relatos que nos chegam da Itália, onde ele já dura um mês nas primeiras regiões afetadas, mostram que a quarentena é feita de fases.
Depois de um clima inicial de férias, que vivemos na semana passada, vem um sentimento de tédio, que passaremos a enfrentar agora. Foi nessa fase que começaram a viralizar na internet – e de lá, ganharam os telejornais – os vídeos das pessoas fazendo festas nas varandas, cantando e dançando.
Afinal, você pode combater o tédio, também, aproveitando para se especializar e estudar sobre outros assuntos.
Desde a semana passada, vários sites de cursos on-line, livros, filmes e programação musical abriram parte de seu conteúdo para uso gratuito pelos internautas. Confira algumas de nossas dicas para hoje:

Editora do Brasil

Especializada em educação, a editora disponibilizou seis títulos de e-books para download gratuito. Entre os temas figuram BNCC, marketing escolar, gestão escolar, metodologias ativas e competências socioemocionais. Os títulos estão disponíveis para download neste endereço.

Editora L&PM

Todos os dias, enquanto durar a quarentena, a editora vai liberar um e-book gratuito. Os títulos são de ficção. As ofertas começaram no dia 18 de março com “Arsène Lupin, Ladrão de Casaca”, do autor Maurice Leblanc, e o título muda a cada dia. Para baixar, basta acessar a página de livros digitais da editora e clicar em ‘comprar‘. Na janela que vai se abrir, escolha um dos sites parceiros, que incluem a Amazon, Google Play, Ibookstore da Apple e Kobbo.

Amazon

Na loja virtual, o selo ScIELO Livros, da Editora da Universidade Estadual Paulista (Unesp), está disponibilizando dezenas de títulos gratuitos. Muitos deles são teses de mestrado e doutorado em várias áreas do conhecimento, incluindo a educação.
Aproveite a leitura e não deixe de acompanhar nosso blog. No próximo post, vamos falar da fase seguinte da quarentena, que se caracteriza pela tristeza, e como atravessá-la. Até lá.


Vamos ao teatro* 🎭?

Peças completas.
Já que não podemos ir ao teatro, o teatro vem até nós!

COPIAR O LINK E COLAR  NO  GOOGLE 

*Cócegas* - https://youtu.be/quOXly8fSG8

 *Paulo Gustavo - Hiperativo* - https://youtu.be/UQh3D29SURw

*7 O Musical* - https://youtu.be/6d1wsNolRzw

*A Bela e a Fera* - https://youtu.be/Xa6pxvlMeAY

*A Noviça Rebelde* - https://youtu.be/AdT9z8KsMm4

*Avenida Q* - https://youtu.be/qhcZqg_wkJY

*Beatles num Céu de Diamantes* - https://youtu.be/7EU59AYUmv8

*Book of Mormon Parte 1* - https://youtu.be/Odo7NNbxwDE

*Book of Mormon Parte 2* - https://youtu.be/kKVx1zP7vGA

*Diogo Almeida - Vida de Professor* - https://youtu.be/266ejI9uLCg

*Floribella O Espetáculo Musical* - https://youtu.be/danJhuPs5-Q

*Gypsy O Musical* - https://youtu.be/PbiPIpKuG9M

*Hair* - https://youtu.be/vCJAabp0_UU

*O Despertar da Primavera* - https://youtu.be/BuGfEBDEwis

*O Fantasma da Ópera* - https://youtu.be/rZB6r0VTgeg

*O Mágico de Oz* - https://youtu.be/QFfFv6StVRM

*Ópera do Malandro* - https://youtu.be/lkH0nPiF7mE

*Os Miseráveis* - https://youtu.be/6z7N2q5tpp0

*Rent* - https://youtu.be/zpS6oAg-IGo

*Vingança O Musical* - https://youtu.be/nCV2vLBkvkk



Fonte: Site Vida Inovadora - Iniciativa Mind lab
 https://vidainovadora.com.br/fabulas-on-line-para-criancas/


Fonte: Blog MINDZUP - Iniciativa Mind Lab
https://blog.mindzup.com.br/dicas-de-estudos/clubes-do-livro-ou-do-filme-ajudam-a-enfrentar-o-isolamento/


CLUBE DO LIVRO OU FILMES

Crie grupos de cinema e de leitura, exercite seu olhar crítico e se mantenha conectado virtualmente aos seus amigos durante a pandemia da Covid-19
Muitas escolas continuam com as aulas on-line; outras, porém, adotaram férias coletivas. Para ocupar o tempo, que tal usar a tecnologia e montar um grupo de leitura ou de cinema on-line?
Diversos aplicativos oferecem sistemas para videoconferência. Uma forma de encontrar os amigos virtualmente é escolher um tema bacana sobre o qual todos podem conversar depois. Pode ser um livro que todos leiam ao mesmo tempo, ou um filme bacana de um dos serviços de streaming disponíveis na internet.
Confira a seguir uma lista com dicas de livros, por faixa etária, para crianças a partir de 12 anos:

12 anos

O diário de Zlata – a vida de uma menina na guerra – Zlata Filipovic
As mil e uma noites – Ferreira Gullar
A volta ao mundo em oitenta dias – Júlio Verne

13 anos

O menino do pijama listrado – John Boyne
Ana Terra – Érico Veríssimo
Otelo – William Shakespeare
O auto da compadecida – Ariano Suassuna

14 anos

O assassinato de Roger Ackroyd – Agatha Christie
A hora da estrela – Clarice Lispector
Morte e vida Severina – João Cabral de Melo Neto
A varanda do Frangipani – Mia Couto
Capitães de areia – Jorge Amado

15 anos

O Cavaleiro Inexistente – Italo Calvino
Balzac e a costureirinha chinesa – Dai Sijie
A Madona de Cedro – Antonio Callado
Terra Papagalli – José Roberto Torero
O caçador de pipas – Khaled Hosseini

16 anos

Estação Carandiru – Dráuzio Varella
O Físico – Noah Gordon
Macunaíma – Mario de Andrade
Comédias para ler na escola – Luís Fernando Veríssimo
Hamlet – William Shakespeare

Filmes

Para os filmes, fizemos uma seleção de títulos que têm em comum um olhar do mundo a partir da perspectiva das crianças. Confira os títulos e a classificação indicativa de cada um deles.
Machuca – Andrés Wood, Chile, 2004, 12 anos.
(trailer em: https://youtu.be/OsLL2uLaEDA)
Pelos Olhos de Maisie – Scott McGehee e David Siegel, EUA, 2012, 12 anos.
(trailer em: https://youtu.be/SBSnLjOe_AM)
O Garoto da Bicicleta – Jean-Pierre Dardenne e Luc Dardenne, Bélgica, 2011, 14 anos.
(trailer em: https://youtu.be/TbSKYcXUMhQ)
O Contador de histórias – Luiz Villaça, Brasil, 2006, 10 anos
(trailer em: https://youtu.be/NH6Ij0cixAA)
Infância Clandestina – Benjamín Ávila, Argentina, 2012, 14 anos.
(trailer em: https://youtu.be/ts_ymHywTks)
Minha Vida de Cachorro – Lasse Hallström, Suécia, 1985, Livre.
(trailer em: https://youtu.be/_dVEH3j-qTU)
Filhos do Paraíso – Majid Majidi, Irã, 1998, Livre.
(trailer em: https://youtu.be/cLKINvtbOCw)
Indomável Sonhadora – Benh Zeitlin, EUA, 2013 10 anos.
(trailer em: https://youtu.be/32iqqoKMMds)
A viagem de Chihiro – Hayao Miyazaki, Japão, 2001, Livre.
(trailer em: https://youtu.be/WIhr6CQzF0s)
A Culpa é do Fidel – Julie Gravas, França, 2007, Livre.
(Trailer em: https://youtu.be/7uqXu1t3ZDY)


O diálogo para aprendizagem emocional e comportamental na Educ Inf e Ens Fund I e II

Bom dia!
Para aqueles que acreditam que uma boa conversa resolve situações complicadas,
abaixo tem uma roteirização da  "Roda da conversa",
Esse é  um momento muito rico para compreendermos vários aspectos do desenvolvimento infantil.
A criança é muito transparente e traços da sua personalidade aparecem de forma espontânea.
Desta feita,  podemos de forma reflexiva e lúdica desafiá-los a experenciarem novas maneiras de resolver conflitos, sejam eles internos ou externos.
Boas aprendizagens a vocês!

Magda Cunha


Fonte: https://educador360.com/pedagogico/roda-de-conversa-com-alunos/
          Educador 360


CONVERSANDO A GENTE APRENDE MAIS

E ainda desenvolve várias habilidades socioemocionais. Confira cinco passos para organizar uma boa roda de conversa!
O presente até pode estar em nossas mãos, como diz o senso comum. Mas o futuro, definitivamente, está nas mãos de nossos alunos. Nós, educadores, temos uma oportunidade incrível de moldar esse futuro se nos dedicarmos a formar jovens com pensamento crítico, conscientes dos desafios da humanidade, com desenvolvido senso de cidadania e participação social. E uma maneira de buscar esses objetivos é organizar rodas de conversa.
Utilizadas como ferramenta pedagógica desde a Educação Infantil, onde estimula a aquisição da linguagem oral e o desenvolvimento das relações sociais, as rodas de conversa são aplicáveis também a crianças mais velhas, adolescentes e até a adultos. Elas são poderosas ferramentas de desenvolvimento de habilidades socioemocionais, na medida em que nos permitem aprimorar nossas capacidades de comunicação – que inclui não apenas a competência de se expressar, mas também a de ouvir o outro –, de aprender com o outro e de respeitar opiniões diversas. Com os alunos mais velhos, propostas bem conduzidas podem desenvolver habilidades de investigação, organização e liderança.

Como fazer uma boa roda de conversa?

Para que a dinâmica funcione bem, ela precisa de condução eficiente, de tema e prazo pré-determinados, de avaliação do processo. Confira a seguir os cinco passos que preparamos para garantir o sucesso da sua aula.

Preparação

Como mediador, você deve preparar a dinâmica e o ambiente previamente. Isso inclui organizar as carteiras em roda, para que todos possam ter visão dos demais participantes, escolher previamente o tema a ser trabalhado, pesquisar e disponibilizar textos, vídeos e outros materiais de apoio que possam inspirar os alunos. Para que as ideias não se percam, você pode escolher dois estudantes como sistematizadores, que terão a função de anotar as ideias que estão surgindo para fechamento final do trabalho.

Aquecimento

Com o grupo reunido, combine as regras de convivência. Todos podem falar, mas não ao mesmo tempo. Crie um gesto que você fará sempre que perceber que a discussão está perdendo o foco ou ficando tumultuada. Sempre que você fizer esse gesto, todos devem parar e ouvir o colega que você indicará para expor uma ideia. Finalmente, use algum material para introduzir o tema que possa inspirar o grupo. Pode ser um texto, uma foto, um áudio ou vídeo que desperte a reflexão. Reserve 5 minutos para esta etapa.

Debate durante a conversa

Abra os debates com uma pergunta relacionada ao tema da roda e aponte um caminho para aprofundar a discussão. É importante não expressar uma opinião pessoal, mas sim colocar um questionamento que provoque a reflexão. Seu papel, nesta fase, é manter a discussão acesa unindo ideias expostas e mantendo a neutralidade, sem tomar partidos. Em futuras rodas, você pode escolher um aluno como mediador para desenvolver essa habilidade em sua turma. Reserve de 25 a 30 minutos para esta fase.

Relatoria

Agora é hora dos dois sistematizadores escolhidos no início do encontro se manifestarem compartilhando as principais ideias e mensagens que anotaram e contando como se sentiram durante a exposição de opiniões. Essa fase pode durar 10 minutos e você pode abrir para comentários dos demais, se houver tempo. O seu papel, ao final, é articular os conteúdos que surgiram e compartilhar também as suas impressões para uma conclusão do trabalho.

Avaliação final

Nos últimos 5 minutos, você pode pedir aos alunos para que avaliem a experiência. O que aprenderam com as conversas? Que pontos mudaram o entendimento que tinham sobre o tema? Que novas atitudes práticas pretendem adotar a partir do conhecimento conquistado? Você pode encomendar redações para que os alunos possam expor melhor suas impressões e aprendizados.
Agora que você já tem um roteiro para as rodas de conversa, capriche na escolha dos temas e nas abordagens para cada faixa etária. Entre os possíveis assuntos estão preconceito, bullying, racismo, igualdade entre gêneros, sexualidade, fake News… O que não faltam são temas importantes na sociedade contemporânea. Uma última dica importante: se você escolher algo que tenha relação com a realidade da sua turma, suas chances de engajamento são maiores.

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2019

Autismo


Fonte: Estou Autista

http://www.estouautista.com.br/index.php/category/processamento-sensorial/?fbclid=IwAR2vQNZRpvbaguUy8EUNUhqX6MHJ2q15Ri3XtiGnofU-gnQOkNBqtHaa2O0

Estou Autista

As evoluções e descobertas de um garoto que está autista

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Nem tudo é comportamento – Birra X Crise 


 Resultado de imagem para foto autista livre publicação
 Muitos pais não gostam quando um parente ou um professor (a) os chamam para reclamar do comportamento de seu filho, seja na escola ou em qualquer lugar. O mesmo acontece quando as pessoas dizem que seu filho não tem  nada, é apenas mau-educado ou precisa de um corretivo.
 A frase ” você está procurando pelo em ovo” para a busca de um diagnóstico é um trauma recorrente em muitas famílias que escutam que seu filho apenas não tem limite. Pura falta de empatia! Esses pais e familiares de autistas vivenciam isso o tempo todo e tarefas simples podem parecer um filme de terror dependendo da lua ( e essa expressão aqui nem é mero acaso).


Se as pessoas se sentem mal quando terceiros resumem os comportamentos dos autistas em birras, nunca deveríamos colocar todos esses comportamentos em um mesmo pacote não é mesmo? Castigar alguém por ter dor de cabeça ou desconforto intestinal e não consegue comunicar, tirar oportunidades de pessoas as proibindo de fazer tal atividade apenas porque ela não entendeu ou não está no mesmo ritmo, obrigar uma pessoa a passar por uma situação que ela não quer (como comer algo que ela rejeita) impondo sua vontade, sem pensar que aquela pessoa se conhece bem e sabe seus limites… Ela não está jogando porque nesse momento ela é muito pura pra isso… Nem tudo é jogo, nem tudo é manipulação, nem tudo é para chamar atenção… pode ser uma crise, uma dor, ou uma tentativa de comunicação!

Então esse post tem o objetivo de diferenciar crises de birras e dar dicas de como lidar com ambos.

Crianças são cientistas natas e tudo para ela vira experiências. Ela passa boa parte das horas, em seus primeiros dias de vida, chorando para comunicar sua fome, que acordou ou que está suja. Isso não é birra! Quando crescem, jogam alimentos e objetos no chão para testar o barulho, a profundidade e principalmente, a reação das pessoas… Crescem mais ainda e testam seus limites e o limite do outro e isso não quer dizer medir forças; disputam brinquedos e isso não quer dizer egoísmo; falam “não” para os pais e isso não quer dizer uma afronta. Nem tudo é o que parece!

Birra no dicionário é “ação ou tendência para permanecer e/ou continuar de maneira insistente num mesmo comportamento, opinião, ideia etc; teimosia. Ato ou consequência daquele que contraria alguém por capricho”.

Quando uma criança está cansada, quer obter algo ou não quer fazer algo proposto para aquele momento, quando ela quer chamar atenção, esses comportamentos podem ser, muitas vezes, o que chamamos de birra. Choros incessantes, gritos, pisadas firmes ou empacadas, esperneios deitadas no chão… tudo isso tira um adulto do sério, os tiram de sua agradável sensação de controle e, na maioria das vezes, chamam muita atenção.

Esse tipo de comportamento de “birra” só tem fim de duas maneiras: QUANDO A PESSOA PERCEBE QUE AQUELA COMUNICAÇÃO NÃO VAI FUNCIONAR ou QUANDO A PESSOA OBTÉM O QUE QUER!

Neste caso, é muito importante lembrar que muitas pessoas e terapias comportamentais enxergam o limite apenas como uma imposição de postura vinda de fora para dentro em que caso o comportamento continue após o aviso (ou ameaça), a consequência será um castigo, uma punição por não se comportar bem. Há também os que sugerem ignorar esse comportamento (o que muitas vezes torna-se impossível no casos dos autistas, já que podem se autoagredir / agredir o próximo ou se tornarem destrutivos, lançando objetos ou estragando coisas) ou o desvio de foco, mudando a atenção da criança autista para uma coisa que ela goste ou propondo um exercício simples para que ao ser realizado, ele ganhe o que quer como prêmio e não porque fez birra, bem focado em conter o comportamento, ao invés de promover a educação e trazer à tona formas melhores de lidar com seus obstáculos.

Não é segredo para ninguém que não gostamos dessas alternativas focadas apenas no comportamento (até porque um autista pode apresentá-lo bem depois, em um momento que pode não ter nenhum link com ele). Preferimos as terapias responsivas e a educação positiva, que também ensina e é a favor do limite, porém esse é feito de uma outra maneira: de dentro para fora e através do modelo e da mudança de comportamento do educador/autoridade AMADA, pais e familiares. Dessa forma a criança aprende a se autoeducar e entende a consequência de fato de seus atos, o que provoca uma real aquisição de uma habilidade emocional de controle, não trazendo raiva gratuita e nem distanciamento do próximo (lembrando que para o autista, como o social é uma barreira, não queremos que essa criança perca a vontade de fazer contato).

A forma que achamos incrível de encarar a birra é a apresentada pelo SonRise e pela educação positiva!

- “Birra” é comunicação: se seu filho/filha está fazendo escândalo para te contar o que ele quer, você deve mostrá-lo/a que essa não é a melhor maneira de se comunicar e para isso a primeira reflexão a ser feita é COMO VOCÊ SE SENTE EM RELAÇÃO À SITUAÇÃO. Quando vemos a pessoa que amamos em uma situação de desconforto, a primeira coisa que passa em nossa cabeça é resolver o problema e então nos tornamos mais rápidos e ágeis passando uma falsa impressão de que aquela comunicação é excelente e tem sucesso. Precisamos pensar que ser formos reativos ao invés de sermos conscientes, a criança nunca perceberá que essa não é a melhor forma de se comunicar pois está obtendo sucesso com essa comunicação. Devemos informar isso com calma para a criança, de que nos entendemos melhor com calma. Veremos mais exemplos a seguir. Encare a “birra” como uma grande oportunidade! Sim uma OPORTUNIDADE de mostrar ao autista que esse comportamento não funciona, é ineficaz, não traz o resultado esperado! Então, ao invés de ignorar, você vai mostrar a sua criança (ou pessoa de qualquer idade) que você não entende quando ela grita ou fala daquela forma. Ao invés de tentar adivinhar o que ela quer, você vai se tornando cada vez mais devagar, menos eficaz. E você pode inclusive comunicar isso a ela: “dessa forma eu não consigo te entender meu amor, procure se acalmar para que eu te ajude!” ou “com gritos, meus ouvidos doem e não entendo o que você diz, você pode me falar com calma e usar sua voz normal?” e a medida que a criança começa a responder essa comunicação, você se torna eficaz, mais rápido e responsivo. Se puder atender o pedido, atenda quando ela estiver calma e se comunicar melhor e se não puder, explique que você entende que ela queria muito aquilo mas que só poderá fazer isso em tal hora ou dê as opções possíveis no momento. Empatia!!!

- Previsibilidade / apertar o botão: Muitas vezes, nossas caras e comportamentos quando estamos bravos são previsíveis e muito interessantes (Quem não imita direitinho as frases que ouvia de sua mãe ou pai quando estava bravo? Eram sempre as mesmas ameaças e falas, hoje se tornaram até memes.) e isso pode ser o que sua criança espera de você pois não sabe como agir, qual o próximo passo (não consegue prever e tem sensação de perda de controle da situação) e quer atrair sua atenção e sabe que ao apertar o botão (fazer o comportamento “inadequado”) vai acontecer algo bem previsível, algo que ela conhece bem, igualzinho quando apertamos o botão e o brinquedo fala a frase que esperamos. Caso haja assim, estará reforçando essa comunicação de resposta rápida a uma ação que você não quer que se repita! Quebrar o ciclo com uma postura de calma e mostrar que aquele comportamento só a atrapalha naquele momento faz com que ela perceba, de dentro para fora, que ela se prejudicou e que aquilo não funciona e é melhor ela arrumar uma nova forma de comunicação. Ex: filho que tira sempre a roupa e recebe como resposta gritos ou atenção da mãe que o coloca sua roupa de volta ou corre atrás dele pelado com a roupa na mão criando uma brincadeira de pique pega – criança não só consegue o que quer como ainda arruma parceiro para brincadeira! Não seria melhor elogiar bastante quando ela está com a roupa e lhe dar bastante atenção nesse momento, compartilhando com ela seus interesses? Ao vê-lo sem roupa perguntar com “cara de paisagem” (pokerface – cara normal, calma) se ele quer ir ao banheiro ou tomar banho e encaminhá-lo ao local onde tiramos a roupa.

- Aqui também vale falar sobre as necessidades básicas da criança: fome, cansaço, sede, se está suja, dentre outras. Esses necessidades devem ser atendidas antes da criança chorar ou fazer escândalo e por isso é necessária a criação de um ritmo diário para que a própria criança saiba como agir quando passar por isso pois ela fará a ligação entre atitudes e seu corpo, o que ela precisa! Faça essas atividades falando como a pessoa se sente ao realizar aquela tarefa: “Estou com fome e vou comer”, “vou me limpar e vai ficar tudo bem”, “estou com sono e preciso dormir”… Falando pelo seu filho/a mesmo, modelando e também sendo modelo nas horas em que você mesmo estiver realizando as ações. Falando bem exagerado (de forma natural mas com emoção) você consegue atrair a atenção e o interesse! Prestar atenção aos sinais dessas necessidades é uma ótima estratégia para identificá-los para sua criança. Ela vai aprender o que sente e como agir! Caso isso aconteça e não tenha sido previsto, explique para sua criança que daquela forma você não entende o que ela quer e espere ela se acalmar para oferecer perguntas que a ajude a identificar o que precisa!

- Seja positivo e modele o que você quer ao invés de ensinar o que não quer: Sempre que um autista tiver um comportamento de agressividade ou um comportamento que não é o esperado, aproveite para mostrar a ele o comportamento esperado, o que é mais adequado para seu objetivo. Ex: quando uma criança der um tapa por não ter conseguido se comunicar ou não ter conseguido o objetivo dela, diga que você gosta de beijos e abraços e carinhos… e mostre como fazer! Se ela rabiscar uma parede, mostre o papel, se subir na mesa, mostre onde ela pode subir! Feito isso, ela vai aprender a tomar suas próprias decisões em seu tempo e verá que a melhor forma de agir é a que as pessoas que ela ama lhe apresentam. Estabelecer uma relação de vínculo afetivo é bem importante aqui pois a criança quer imitar uma pessoa que ela admira e apenas uma pessoa compreensiva e afetiva consegue isso. Muitos terapeutas/profissionais/pais querem mudanças nos autistas que nem eles mesmos realizam e portanto amamos a proposta de sermos modelo do que queremos, sermos inspiradores! Devemos ser modelo de flexibilidade, amor, boa comunicação e calma para que assim, vejamos isso tudo no autista (ou em qualquer pessoa).

- Use o diálogo e explicações: seu/sua filho/a/parente deve perceber que o diálogo é precioso e essa é uma excelente oportunidade de você se mostrar amigo/a. Mostrar para seu filho/a que se ele/a apontar ou disser calmamente o que quer, ele/a terá mais sucesso em sua comunicação ao invés de chorar ou gritar, explicar que você está ao lado dele/a e que o/a ama mas que precisa que ele/a entenda que naquela hora o melhor é acatar o seu pedido. Se nada disso funcionar, dizer que mesmo ele/a chorando, não vai conseguir o que quer pois naquela hora aquilo não lhe fará bem e então parta para outra atividade, no mesmo ambiente para que ele/a veja que existem outras alternativas e também para que você observe se ele/ela está em segurança. Você pode ler um livro, arrumar a estante, ou mesmo brincar ali por perto.

- Identifique, o porquê dessas “birras”, se é uma variável ambiental ou motivacional: (exemplo: todas as vezes que ele/a tem que tomar banho ele/a faz birra) para que você possa ir construindo ferramentas de apoio e adaptação do autista para aquela situação. Ex: melhorar o sensorial, construir a flexibilidade, se comunicar melhor, entre outras habilidades que podem ajudá-lo/a a reduzir o stress em muitas situações.

- Crie um ambiente que seja mais controlável para que você reaja à “birra” de maneira amena, lenta e sem resposta. Agir de maneira calma nessa hora pensando em proteger o vaso raríssimo de porcelana chinesa é bem complicado. Pior ainda se houver algo com que o autista possa se machucar. E aqui também vale reduzir o número de coisas para proibir de mexer… isso evita a quantidade de nãos que uma criança pode escutar!

- Não trave batalhas o tempo todo: Será que tudo é inadequado? Será que tudo é arte? Aprenda a se opor em atitudes realmente importantes para que sua relação não se desgaste atoa. Fazer vista grossa de vez em quando é tão saudável… se a criança não está em risco ou não está fazendo algo realmente prejudicial, pondere.

– Por último mas muito importante: Não interprete o que seu filho/a está fazendo nesse momento como algo que tenha a ver contigo. Ele/a não está fazendo isso para te provocar ou para te magoar… ele/a simplesmente busca uma resposta para sua comunicação. Portanto essa dica tem muito a ver com a dica de verificar como você se sente em relação a essa atitude de birra. Pense logo na oportunidade de ensinar ao seu filho/a como agir e como você é parceiro/a dele/a até nas situações difíceis! Então, nada de vingança: essa não é definitivamente a hora de castigá-lo/a ou impor algo a ele/a. É hora de mostrar como agir e que birra não funciona!

Agora vamos falar das crises, também chamadas de Meltdown acontecem na maioria das vezes devido a uma sobrecarga sensorial, emocional e de informação, mudança brusca de rotina ou até mesmo dificuldade em lidar com frustrações e de se comunicar.

Ela entra em um processo de inundação do cérebro através da entrada sensorial. Cientificamente, ansiedades imediatas ou de curto período são definidas como reações de luta-ou-fuga. Na presença de estímulos ameaçadores, sendo eles reais ou mesmo imaginários, há ativação do sistema nervoso autônomo, mais precisamente o sistema nervoso simpático, responsável pela liberação de substâncias importantes para que o organismo possa escolher entre a luta ou a fuga do estímulo ameaçador. Essa resposta de estresse, aparentemente ruim e temida pelas pessoas, é responsável pela manutenção da vida e é extremamente essencial ao nosso organismo porém, pessoas com síndrome do pânico, crise de ansiedade e autistas podem acessar esse mecanismo no dia a dia em situações com muita carga emocional, psíquica e sensorial. Ela provoca muitas reações no corpo da pessoa tais como frequência cardíaca acelerada, pressão arterial aumentada e frequência respiratória acelerada. Após a ameaça desaparecer, leva entre 20 a 60 minutos para o corpo a voltar aos seus níveis normais. Ou seja só há duas formas dessa crise chegar ao final: uma delas é a fadiga total da pessoa e a outra e bem melhor é a redução de entrada dos estímulos, retirando seu filho/a do ambiente e levando-o/a para um local mais silencioso e ficando ao lado dele/a, transmitindo lhe segurança e conforto, sem falar muito pois o objetivo é silenciar as entradas sensoriais.

Vamos aprofundar mais então nos motivos que são as principais causas das cris

– Super-estimulação e sobrecarga sensorial: as crianças autistas são mais propensas do que outras crianças a terem transtorno de integração sensorial,o que aumentam a sua sensibilidade à luz, barulho, cheiro ou certas texturas. Supermercados, escolas, parques, shoppings, ou seja, ambientes com muitas pessoas podem oferecer uma sobrecarga ao autista e por isso é sempre bom ter em mente que as idas a esses lugares devem respeitar uma adaptação, sem traumas e pessoas que forcem o autista a ultrapassar seu limite sem estar preparado. Quando for em festas de família, procure sempre criar um espaço aconchegante (ninho) para seu filho/a fazer pausas e tente fazer essa proposta na escola para que criem esse espaço na sala e disponibilizem saídas durante a aula, com objetivos específicos para que ele/a retorne. Uso de tampões de ouvido, carregar bolinhas para apertar ou garrafinhas sensoriais, mordedores (hoje existem opções de colares que são bem aceitos socialmente), roupas mais apertadas para quem precisa de sentir mais seu próprio corpo, dentre outras podem ajudar. Os autistas que tem problemas sensoriais devem procurar um/a Terapeuta Ocupacional para ajudá-los a lidar com esses estímulos e devem pesquisar sobre a dieta sem gluten e sem leite pois essas proteínas mal digeridas podem causar desequilíbrio sensorial. No momento de crise, apenas fique ao lado da criança, reduza os estímulos e não fale muito. Use sua voz calma e espere pois vai passar. O ideal aqui é ir mapeando os sinais que sua criança/adolescente/adulto dá antes de ter uma crise (se ele balança as mãos, se isola, se começa a ficar inquieto ou dar gritinhos, cada um tem o seu, é bem particular) e assim, já perguntar se está tudo bem, se gostaria de dar uma volta ou ir para um ambiente mais calmo.

– Mudança da rotina: como autistas tem dificuldades de previsibilidade (por isso amam desenhos repetitivos como Peppa Pig e séries repetitivas como Chaves) lidar com mudanças repentinas pode gerar muita frustração e provocar um pânico por não saber como lidar com a situação. Autistas precisam de controle, de saber o próximo passo! Como o melhor tratamento para uma crise é a prevenção dela, aqui cabe falar da importância de criar um ritmo para a casa (e não uma rotina pois rotina enrijece, endurece a pessoa, tira flexibilidade e o ritmo cadencia as atividades mas elas podem variar dependendo dos acontecimentos ou circunstâncias), para os dias da semana, para o dia a dia e ampliando isso, para as estações do ano, entre outras! Dá pra criar várias estratégias para que isso não se torne uma obrigação e sim uma vivência gostosa da disciplina vinda de dentro para fora (autoeducação). Exemplo: chegada da escola, preparo da mesa com música lúdica cantada (só os pais podem cantar a princípio e crianças vão aprendendo), depois do jantar pode-se criar uma brincadeira para ir para o banho e criar um momento gostoso com musicas no banheiro, brincadeira e depois o colocar o pijama, que é uma roupa especial para a historinha na cama… criar um clima, acender uma vela, contar a história, fechar o olhinho, fazer a oração e dormir… Músicas são ótimas para marcar transição! E ao invés de dar ordens diretas, criar mecanismos que estimulem a pessoa fazer a atividade: “Quem vai chegar primeiro no banheiroooo?” E assim, tudo vai se tornando leve e brincante! Caso aconteça uma mudança repentina de um professor faltar e não ter a aula que a criança mais gosta ou o tempo fechar e não der pra ir no clube, tente ser empático/a e entender que sua criança pode ficar muito triste e até raivosa e agressiva mas não é nada pessoal, é só ela tentando digerir o acontecido, que seus planos não deram certo. O melhor a fazer é dizer que entende que ela está chateada mas que vocês podem fazer outra coisa assim que ela se acalmar e que semana que vem ou na próxima oportunidade tudo volta ao normal.

– Dificuldades para lidar com frustração: autistas detestam errar e por isso é muito importante valorizar o processo de tudo que ele faz e ter, nas atividades, pequenas metas que vão sendo alcançadas até que o resultado maior seja atingido. Valorizar o esforço e não somente o resultado final e fazer elogios bem descritivos para que ele perceba onde está acertando. Trabalhar a persistência como um ato de coragem e valorizar bastante isso mostrando que até adultos erram e grandes campeões se esforçaram bastante para chegar até ali. Gostamos de trabalhar com as frustrações, e aproveitá-las para mostrar que as dificuldades nos fortalecem! Não curtimos terapias que não lidam com erros como forma de evitar crises ou problemas pois mostrar que errar não é o fim do mundo é fundamental para que o autista se torne flexível.

– Dificuldades de comunicação: As dificuldades na comunicação podem ser reduzidas à medida que são trabalhadas as nomeações de sentimentos (você está feliz porque ganhou um presente, você está bravo pois gostaria de comer mais doces e não pode, você está triste porque seu pai viajou), com a valorização das tentativas de comunicação sempre elogiando o esforço e a medida que o adulto não responde essa crise tentando adivinhar o que a criança quer nesse momento e sim espere ela se acalmar para mostrar que a melhor comunicação não é dessa forma. Mostrar que quando ela aponta, te leva ao local ou objeto e se esforça para dizer também é muito válido. Não devemos ficar forçando para que ela fale corretamente ou ignorando essas tentativas fingindo que não entendeu: ao menor sinal de comunicação, valorize! Comemore o apontar e aproveite para nomear o objeto, comemore o olhar e agradeça, vibre com um som e diga que entendeu que ele falou “bo” para bola e mesmo se o som não tiver nada a ver, aproveite: “você falou “iiii” para água”!

Então é muito importante identificar se o comportamento que o autista está apresentando é birra ou crise para você saber como agir para ajudá-lo.

Mas uma coisa é certa, tem coisas que você pode fazer que vale pra qualquer reação de seu/sua filho/a e para melhorar a qualidade de vida da família toda:

- Elogie seu filho/a por se acalmar e sempre que estiver fazendo o que se espera. Um simples olhar (que para eles pode ser um esforço enorme) deve ser agradecido, elogiado, comemorado! O que para você é uma obrigação, para ele/a é um esforço que deve ser reconhecido. Elogiar a calma, como ele está sendo amigo, como está fazendo a tarefa bem, a concentração, etc. E muito importante: não banalize o elogio e o torne automático! Seja genuíno e descreva bem o que está elogiando, elogie de muitas formas, comemore… eles conseguem ler corações (não é Elaine?)

- Reconheça os sentimentos do seu filho. Você pode dizer algo como, “Eu sei que você estava chateado porque queria muito passar dessa fase no videogueime” ou “você está bravo porque seu pai está viajando mas ele vai voltar”.

- Punir ou zombar de uma criança que tem uma birra ou crise só torna o momento pior e é injusto quando aplicado em qualquer uma dessas situações. Usar palavras como garoto mau ou menina impossível dentre outras é muito prejudicial e causa uma berreira social, de confiança e emocional.

- Ensinar outras maneiras de lidar com a raiva e frustração. Por exemplo, incentive seu filho a usar palavras para expressar seus sentimentos, ensiná-lo a respirar profundamente, a encontrar um local calmo para vencer esse momento, a anotar suas angústias, dentre outras formas de se conhecer e lidar com o momento.

- Seja um bom modelo. As crianças aprendem assistindo seus pais/parentes/professores/terapeutas, assim deixe que sua criança veja que você pode segurar suas próprias emoções fortes calmamente. Tudo que queremos do próximo, devemos nos esforçar para conquistar também!

- Caso a criança se auto agrida ou agrida o próximo, você não deve deixar que isso aconteça. É o único caso de intervenção. Não se desespere, continue calma e proteja sua criança com travesseiros em volta, tirando tudo o que pode machucá-la do ambiente e se for necessário, a abrace para que ela entenda que você quer protegê-la.

Para finalizar, não poderíamos deixar de dizer que há também comportamentos vindos de um corpo desorganizado e segundo o ARI 85% dos autistas tem problemas intestinais. Além das alergias como comorbidade (condições que acontecem junto com a síndrome), um autista pode ter vermes, fungos, parasitas em geral, pode estar com metais pesados em excesso no corpo por não conseguir eliminar e intoxicam o cérebro, ter uma carga viral enorme sem nunca ter desenvolvido aquela doença e ter apenas vacinado dela, entre outras coisas. Então, a brincadeira dizendo que o comportamento do autista muda de acordo com a lua é uma brincadeira séria pois muitos pais notam os autistas mais agitados nas luas nova e cheia, principalmente nesta última e isso tem muita relação com os vermes. Além dos autistas terem essas comorbidades que causam desconforto eles ainda podem apresentar comportamentos “autísticos” devido a falta de vitaminas e sais minerais no corpo como por exemplo obsessão e compulsão pode ser falta de magnésio, omega 3 pode melhorar a fala, dentre outros protocolos. Recomendamos muito o tratamento do organismo como um todo para o autismo, não só do cérebro com remédios que são receitados para interromper sintomas (muitos são passados sem a causa ter sido investigada)… Para nós, a maioria dos comportamentos tem origem em desorganização orgânica! Fica a reflexão para que médicos, profissionais e todas as pessoas ampliem essa visão

Fontes: Vencer Autismo

Understood

WebMd

Autism Awareness Centre

UFF

Clique e Aprenda

Vladman

Este post foi publicado em Comportamentos, Dieta SGSC, Inclusão escolar, Processamento Sensorial, Sem categoria, Tratamento Biomédico em 23 de abril de 2017 por Karla e Luiza.


 Distúrbio do Sono

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A maioria dos autistas sofrem de distúrbio do sono. A falta de sono leva os autistas e seus familiares a terem diversos problemas como agressividade, depressão, hiperatividade, aumento dos problemas de comportamento, irritabilidade e má aprendizagem e desempenho cognitivo.

As causas são variadas, mas as principais são:

- Refluxo gastroesofágico

- Apnéia do sono

- Pesadelos

- convulsões

- Ansiedade

- atividade física insuficiente

- distúrbios de ritmo circadiano (ciclos de sono e vigília)

- regulação anormal de melatonina

- fungos

- alergias

- experiências sensoriais aumentados: sensibilidade à luz, toque ou som.

Estamos aqui para falar dessa última hipótese (em negrito) e trazer dicas.

Para as crianças que têm problemas para dormir, técnicas sensoriais destinados a acalmar e organizar o corpo pode ser útil. Na verdade, muitas das mesmas técnicas e métodos que usamos para acalmar um recém-nascido ou do lactente pode ser adaptado para uso com crianças mais velhas para ajudá-los a adormecer com mais facilidade e espero ficar dormindo durante a noite.

Essas dicas fornecem calmante tátil e proprioceptivo de entrada em todo o corpo, fazendo com que a criança se sinta segura.

Movimentos repetitivos e rítmicos como balançar regulam o sistema vestibular, ajudando as crianças relaxar

O ruído branco pode ser calmante porque bloqueiam outros sons que possam assustar ou acordar as crianças.

Assistindo água corrente, peixes deslizando através de um aquário, ou até mesmo uma fogueira crepitante, muitas vezes tem um “efeito hipnotizante” em crianças e adultos. Concentrando-se na entrada visual suave pode ajudar muitas crianças a relaxar e adormecer. Quando a criança dormir, desligar esses aparelh

A temperatura quente traz conforto e acalma. Claro que alguns autistas são calorentos, observar o que é agradável ou não para a criança.


Confira outras dicas práticas:

- Evite decorar o quarto da criança com muitos enfeites e cores. Se possível, diminua os ruídos externos durante a noite.

- Prepare um ambiente bem escuro para ela.

- Evitar aparelhos eletrônicos até 1h antes de dormir (videogame, tablets, celulares, televisão, etc).

- A atividade física é uma boa forma de gastar energia. Prefira o período da manhã ou o início da tarde.

- Alimentos estimulantes, como chocolate, café e chá, não devem ser ingeridos próximos à hora de dormir. Fazer diário alimentar e ver o que faz bem ou não (o que agita). Autistas devem fazer dieta com pouco açúcar, isento de glúten e leite.

- E nunca se esqueça: criar um ritmo para dormir e acordar é importante para o organismo da criança: escovar os dentes, tomar banho, fazer massagem, contar história (ou cantar), dormir.


Fontes: Revista Crescer

ARI

The Inspired Tree House

Este post foi publicado em Processamento Sensorial em 7 de novembro de 2016 por Karla e Luiza.


Os 7 sentidos
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Estimular a parte sensorial de um autista (em casa e com a ajuda de uma terapeuta ocupacional) é muito importante. Trabalhar os sete sentidos é fundamental para ajudar a desenvolver todas as atividades necessárias para casa, escola, trabalho, para ter uma vida independente e autônoma.

Cada quadro mostra as características das pessoas hipersensíveis ou hiposensíveis. O bacana é que também podemos visualizar dicas de como podemos trabalhar cada sentido! Brincar é muito importante! Use tinta, massinha, cola, tesoura, lápis de cor, músicas, etc. Brinque no banho, na cozinha, no quarto… torne cada aprendizado muito divertido.

Este post foi publicado em Processamento Sensorial em 21 de junho de 2016 por Karla e Luiza. A importância da Terapia Ocupacional

Oie!!! Voltamos com um tema super importante (qual não é? hahaha). Vamos falar de uma característica associada ao autismo: integração sensorial.

A integração sensorial é o processo pelo qual o cérebro organiza as informações, de modo a dar uma resposta adaptativa adequada, organizando assim, as sensações do próprio corpo e do ambiente de forma a ser possível o uso eficiente do mesmo no ambiente. As nossas capacidades de processamento sensorial são usadas para a interação social; desenvolvimento de habilidades motoras e para a atenção e concentração.

O PROCESSAMENTO SENSORIAL inclui a recepção de um estímulo físico (Registo Sensorial), a transformação do estímulo num impulso neurológico (Orientação), e a percepção (Interpretação), ou seja, o consciente experimenta as sensações e em seguida organiza uma resposta adaptativa adequada e executa-a. As funções de processamento sensorial ocorrem continuamente e de uma forma rápida e inconsciente. (Um exemplo deste processo é a reação após tocar numa superfície quente)

Todos temos dificuldade em processar determinados estímulos sensoriais (um certo toque, olfato, paladar, som, movimento, etc) e todos temos preferências sensoriais. Só se torna um transtorno do processamento sensorial quando temos uma “experiência perturbadora”, uma enxurrada de estímulos com um impacto significativo sobre a capacidade de filtragem ou funcionamento diário. Esse processo gera uma disfunção neurológica chamada Transtorno do Processamento Sensorial (TP

Através desse quadro e do link no começo do post, vocês podem conhecer alguns sinais de TPS. Quando existem distúrbios sensoriais, estes podem afetar o desenvolvimento e as habilidades funcionais, quer sejam no comportamento, na parte motora, cognitiva, quer sejam no nível emocional. Isso pode resultar em sentimentos de baixa auto-estima, levando-os a preferir o isolamento ao invés de interagir com os seus pares. Algumas pessoas apresentam excesso de reatividade o que pode levá-los a serem rotuladas como impertinentes, “fora de controle” ou perturbadoras nas aulas, afetando seu desempenho acadêmico na escola. E, infelizmente, a má compreensão dos pais e educadores em como responder às crianças com esse tipo de desordem, muitas vezes leva a sentimentos de frustração, possível depressão ou comportamento agressivo.

Os pais costumam saber e entender, melhor que ninguém, as crianças e, por isso, são capazes de perceber quando elas estão felizes ou sofrem por qualquer motivo. Mas às vezes é a causa de felicidade ou frustração que não é compreendida, e se nós a entendermos, é mais fácil desenvolver ações que ajudam no desenvolvimento do filho/filha.

Às vezes pedimos para as crianças certos comportamentos ou execuções de algumas tarefas e elas ainda não estão prontas, ou seja, ainda não adquiriram competências necessárias para tal. Por exemplo, com a idade de cinco anos, a criança desenvolve a parte de percepção motora como a coordenação olho-mão, controle de olho-mão, ajuste postural, organização espacial, estruturação espaço-tempo, manter a atenção – processos que são pré-requisitos para o bom desenvolvimento de habilidades motoras finas e suas competências acadêmicas básicas, tais como a escrita. Isto quer dizer que com quatro anos essa criança não está pronta para escrever.

É importante deixar claro que existe uma ordem no desenvolvimento da aprendizagem. Wiliams e Shellenberger (1996) formularam uma pirâmide para ilustrar esse processo.

Na base da piramide encontramos alguns sentidos que não são os clássicos (visão, audição, paladar e olfato), porque o nosso sistema nervoso precisa de pré-processar o toque, movimento, força gravidade e posição do corpo. Este processamento sensorial estabelece uma boa base para o desenvolvimento de todo o resto.

– Sistema Tátil: o sentido do tato – resposta dos receptores da pele sobre o toque, pressão, temperatura, dor.

- Vestibular: situado no ouvido interno – responsável pelas reações ao movimento e equilíbrio.

- Proprioceptivo: o sentido da “posição” – como o cérebro interpreta a posição do corpo, peso, pressão, alongamento, movimentos e alterações na posição. A capacidade de perceber espacialmente, cada segmento corporal em particular ou o corpo como um todo, tanto em situações estáticas, como nas atividades que demandam movimento (dinâmicas).

A interação com os sistemas é complexa e necessária para interpretar uma situação de forma rigorosa e fazer a resposta adequada e apropriada. E é assim que você pode compreender o conceito de integração sensorial, tais como a capacidade do nosso sistema nervoso central para organizar e interpretar informações capturadas pelo sistema sensorial (visual, auditivo, gustativo, olfativo, tátil, proprioceptiva e vestibular) com o objetivo de responder adequadamente em nosso ambiente. Vamos explicar cada item da piramide para vocês entenderem cada processo e valorizarem cada aprendizado.

- Auditivo: contribuição relativa aos sons, a habilidade de perceber corretamente, discriminar, transformar e reagir a sons;

- Oral: Relativo à boca, a habilidade de perceber corretamente, discriminar, processar e responder aos paladares ou a estímulos dentro da boca;

- Olfativo: relativo ao cheiro, uma habilidade de perceber corretamente, discriminar, processar e responder a diferentes odores.

- Visual: relativo à vista, a habilidade de perceber corretamente, discriminar, processar e responder ao que se vê.

- Segurança postural: estabilidade e condições para o movimento, como a habilidade de assumir e manter a posição corporal desejada durante uma atividade quer seja essa estática ou dinâmica.

- Consciência dos dois lados do corpo: realizar movimentos utilizando lados direito e esquerdo

- planejamento motor (praxia): é a capacidade de uma criança de organizar, planejar e executar habilidades motoras perfeitas, novas ou não praticadas.

- Esquema corporal: é a consciência do corpo como meio de comunicação consigo mesmo e com o meio.

- Maturação dos reflexos: desempenho mecanicamente eficiente coordenado e controlado.

- Discriminação sensorial: habilidade para interpretar as características temporais e espaciais dos diferentes estímulos sensoriais. (ver tabela no início do post)

- coordenação olho-mão: consiste na realização de atividades com as suas mãos e os seus olhos trabalhando juntos.

- Sistema motor ocular: reflexo que estabiliza as imagens na retina durante o movimento da cabeça ao produzir um movimento ocular na direção oposta ao movimento da cabeça, desta maneira preservando a imagem no centro do campo visual. Por exemplo, quando a cabeça se move para a direita, os olhos se movem para a esquerda, e vice-versa.

- Ajuste postural: estabilidade e condições para o movimento, como a habilidade de assumir e manter a posição corporal desejada durante uma atividade quer seja essa estática ou dinâmica.

- Habilidades linguísticas e visuais:

Linguísticas: falar, ler, compreender o que escutou, escrever.

Visuais: discriminação visual, memória visual, relação viso-espacial, constância de forma, memória sequencial visual, figura e fundo visual

- Percepção visuo-espacial: a identificação de um estímulo e a sua localização (leitura de mapas, por exemplo)

- Funções de atenção e concentração:

Atenção: é um processo cognitivo pelo qual o intelecto focaliza e seleciona estímulos, estabelecendo relação entre eles. A todo instante recebemos estímulos, provenientes das mais diversas fontes, porém só atendemos a alguns deles, pois não seria possível e necessário responder a todos.

Concentração: é o uso da mente focada em um determinado objeto; é a capacidade de abstrair-se num ponto, focar um alvo e mantê-lo pelo tempo que desejar.

- Atividades de vida diária (AVD): são as tarefas pessoais concernentes aos autocuidados e também a outras habilidades pertinentes ao cotidiano de qualquer pessoa. (arrumar a cama, tomar banho, se vestir, etc)

- Comportamento: é definido como o conjunto de reações de um sistema dinâmico face às interações e renovação propiciadas pelo meio onde está envolvido.

- Aprendizado acadêmico: processo pelo qual as competências, habilidades, conhecimentos, comportamento ou valores são adquiridos ou modificados, como resultado de estudo, experiência, formação, raciocínio e observação

Através da Integração Sensorial, a criança vai organizar a entrada sensorial para seu próprio uso. Quem vai ajudar nessa área é a Terapeuta Ocupacional (T.O.)

As terapeutas ocupacionais trabalham para promover, manter e desenvolver as habilidades necessárias para que o cliente/paciente (neste caso, as crianças com TEA) seja funcional nos ambientes que integra. A participação ativa dessas crianças nos seus ambientes de vida promove:

Aprendizagem

Autoestima

Autoconfiança

Independência

Interação Social

Os terapeutas ocupacionais utilizam uma abordagem holística nos seus programas de intervenção.

Os pais sempre se questionam se estão excessivamente preocupados em determinadas metas de crescimento no desenvolvimento da criança ou se devem procurar intervenção precoce quando eles suspeitam de problemas sensoriais. A questão é: a intervenção terapêutica é necessária ou os sintomas melhoram à medida que a criança cresce?

Para que esperar se, a cada dia, é provado que a intervenção precoce proporciona melhorias significativas no desenvolvimento da criança com TPS. O tratamento é feito de forma individualizada, depois de uma conversa com os familiares e testes feitos para saber as capacidades e dificuldades do paciente.

Estudar essas habilidades, ter em mente que todas estão interligadas, que há uma ordem de estímulo a ser feita pois muitas habilidades dependem de pré requisitos para serem adquiridas e ter o acompanhamento profissional adequado, com metas estabelecidas e auxílio para que as habilidades trabalhadas em terapia sejam reforçadas em casa, são muito importantes para que a pessoa com autismo não seja cobrada injustamente, gerando frustração para ele e para os familiares também.

fontes:

Cuidar Criança

Baoba Infantil

Teache me mommy

Indonesiaexpat

Reab me

Este post foi publicado em Processamento Sensorial, Sem categoria, Sensibilidade ao som em 7 de junho de 2016 por Karla.

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Luiz Júnior nasceu dia 30 de Maio de 1999, em Uberaba (MG) e deu alegria pra família ao sabermos que era o primeiro menino. O papai Luiz ficou orgulhoso, a mamãe Eliana emocionada e as irmãs Karla, Luiza e Fernanda super felizes! É autista, motivo de estudo e empenho de toda família para que tenha uma excelente qualidade de vida. Amamos muito esse rapazinho! Este blog é escrito por Karla e Luiza, irmãs mais velhas de Luiz Jr. Quem quiser entrar em contato escreva para estouautista@gmail.com


AS IMAGENS ILUSTRATIVAS SÃO SUGESTÕES DE LEITURAS E NÃO TEM NADA A VER COM OS TEXTOS REPRODUZIDOS ACIMA.