Quem já não viveu situações frágeis? Que demonstram um pensar contrito e um olhar apequenado.
Na interação professor/aluno tem-se uma co-participação, com o que vemos e sabemos estar fugindo dos padrões dignos.
De forma variada observamos a violência (psicológica, verbal, sexual, física e a negligência) que paira sobre a sociedade, um reflexo da supressão dos direitos mínimos de cidania.
A escola é um mix de tudo isso, naquelas carteiras está o retrato do Brasil, ora miserável, ora abastado, ora remediado, ora revoltado, ora esperançoso, ora descrente...
A frente desse corpo discente estamos nós, docentes, cidadãos, com sentimentos proporcionais a esses, ora tanquilos, ora indignados, ora otimistas, ora decepcionados ...
Portanto corroboramos que o aluno é o produto social, que retrata a família e seus valores.
Então até onde nos comprometermos?
Quanto irá modificar a rotina dos alunos nossa interferência?
O que fazer para dar uma guinada nessa situação?
O juramento que fiz ao graduar em Pedagogia responde as duas primeiras questões:
"Prometo, no exercício de minha profissão, enfrentar os desafios que a educação me propõe, dentro e fora da escola, com criatividade, perseverança e competência, buscando novos caminhos para o processo educacional. Prometo trabalhar por uma educação para a responsabilidade social, ética e política, participando profissionalmente da construção do homem íntegro, da humanidade e da pátria."
A terceira não tem uma única solução, mesmo porque a sociedade é dinâmica e demanda um conjunto de procedimentos. Contudo algumas ações já foram implantadas na rede pública de ensino:
Levar para escola campanhas educativas de sáude e emprego.
Proporcionar lazer cultural diversificado e de baixo custo.
Fazer parcerias com ongs voltadas para formação do cidadão, empresas do bairro para acolher os estudantes para o primeiro emprego.
Conhecer e fortalecer laços com as famílias dos educandos e comunidade de bairro, para enriquecer o conhecimento e desenvolver projetos para melhoria do entorno escolar.
Desvendar e investir nas competências e habilidades dos alunos, na rotina do processo educativo.
Valorizar os educadores, com salários dignos e oferta de cursos para especialização.
Nada adianta implantar ações se nessa estrutura escolar coexistem modelos desajustados como:
O professor descomprometido, que despreparado exerce a violência psicológica ou agressão emocional, tão ou mais prejudicial que a física, que é caracterizada pela rejeição, depreciação, discriminação, humilhação, desrespeito e punições exageradas.
Essa violência não deixa marcas corporais visíveis, mas emocionalmente provoca cicatrizes para toda a vida, promove a evasão do aluno, lhe devolvendo para desestrutura e aumentando os índices de violências.
Esse que faz o "tipo professor", mata a sede do aprender, a curiosidade e a possibilidade de um futuro melhor para o país.
E o modelo piorado, que assusta mais que filme de terror, o professor negligente, que cruza os braços, senta "na mesa" literalmente e deixa o barco correr, dá de ombros, acha que não é problema seu aquelas vidas em formação.
Os danos causados pela negligência podem ser permanentes, graves, pois rouba o âmago dos alunos.
Os danos causados pela negligência podem ser permanentes, graves, pois rouba o âmago dos alunos.
Veja que estarrecedor, a desestrutura social entra nas escolas, até pelos profissionais que deveriam reverter essa situação. Quando o intuito era fazer o caminho inverso, na busca da formação ética, social e digna do cidadão.
Quem sabe não seria o caso de sentar nos bancos das escolas públicas todos políticos desse país?
A carência é tão grande, que logo após o primeiro dia de aula, implantariam melhorias inigualáveis, afinal tudo para eles é do bom e do melhor, né?
Magda Cunha
*Pedagoga, Psicopedagoga, Especialista em prendizagem,
consultora na rede pública e particular de ensino.
mag-helen.maravilha@gmail.com | www.promaravilha.blogspot.com
consultora na rede pública e particular de ensino.
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