8 Sinais de que Você está DISTANTE de seu Filho
Fonte: Blog Como educar seus filhoshttp://comoeducarseusfilhos.com.br/blog/8-sinais-de-que-voce-esta-distante-de-seu-filho/
Oito sinais de distanciamento emocional
Como
anda a sua relação com seu filho? Você demonstra seu afeto, conversa
com ele ou está sempre no “piloto automático”? No vídeo de hoje, o dr.
Italo Marsili apresenta os 8 SINAIS DE DISTANCIAMENTO EMOCIONAL, na estréia de uma série imperdível sobre afetividade infantil e harmonia familiar
Eu sou
Dr. Italo Marsili, médico psiquiatra, e hoje quero falar com você sobre
distanciamento emocional. Ao longo da minha prática clínica, eu tenho
reparado numa coisa: as pessoas, em geral, quando chegam ao meu
consultório com alguma queixa ou sofrimento, muito raramente conseguem
dar nome a esse sofrimento, a essa queixa, ou conseguem contar todos os
capítulos da história que levou a pessoa a me procurar. Para
conseguirmos resolver muitos sofrimentos, muitas queixas de
relacionamento (entre marido e mulher, entre namorados, entre pais e
filhos) basta darmos um nome a eles. Precisamos dar nome ao que está
acontecendo. Gostaria de falar com vocês hoje sobre os 8 pontos do distanciamento emocional.
Como o
distanciamento emocional é um problema enorme, não é possível remediá-lo
como um todo, o que podemos é elencar e verificar cada um dos 8 pontos
de que falarei a seguir e buscar remediar cada um deles.
1 – Incapacidade de demonstrar afeto:
o primeiro ponto do distanciamento emocional é quando você percebe que
não consegue dizer ao seu filho o quanto o ama: não consegue dar
carinho, dar atenção a seu filho. O que fazer nesse caso? Podemos
elaborar alguns planos de ação para tratar esse ponto de modo mais
concreto. Por exemplo? Passar mais tempo conversando com seu filho,
levá-lo para passear ou, durante o jantar, olhar e dar atenção. Isso
pode ser uma solução para esse ponto concretamente.
2 – Falta de atenção às emoções: neste
outro ponto você percebe que não está tão atento às emoções de seus
filhos. Muitas vezes nos relacionamos com as crianças simplesmente de
modo funcional, sem olhar para dentro delas, para como elas estão se
expressando. Não olhamos para as alegrias, tristezas, dificuldades e
sofrimentos. Esse é outro ponto que pode mostrar que temos um
distanciamento emocional com nossos filhos.
3 – Incapacidade de ir além das obrigações:
o terceiro ponto é quando notamos que conseguimos fazer apenas o mínimo
com nossos filhos e não mais do que isso. Um exemplo: Preparamos nossos
filhos para sair de casa e apenas os vestimos de forma básica,
colocamos os sapatos, sem perceber o que eles estão falando, sem reparar
muito no rosto e nas expressões de nossos filhos. Estamos simplesmente
“cumprindo tabela”. Quando você percebe que está fazendo somente o
“mínimo” e não “algo a mais”, um bom remédio é se policiar. Em vez de
vestir a criança de qualquer modo, escolha a roupa com calma, peça ajuda
a ela, peça-lhe um palpite, capriche no jeito de vestir, no penteado…
Assim começamos a recuperar a percepção de que não estamos fazendo
apenas o mínimo, mas sim “um pouco a mais” do que o mínimo exigido.
4 – Incapacidade de envolvimento fora das rotinas:
no quarto ponto notamos que somos incapazes de interagir fora das
atividades da rotina. Uma coisa é fazer o mínimo, outra coisa é só se
envolver em atividades de rotina: tomar banho, escovar os dentes, trocar
de roupa, levar e buscar no colégio, isso é rotina. Isso é o mínimo da
rotina, o mínimo de atividades que fazemos com as crianças. Se notarmos
isso, vale a pena propor novas atividades para passar mais tempo com
nossos filhos. Não adianta só pensar, é preciso escrever e anotar na
agenda ou no celular: “O que mais eu posso fazer com meu filho?” Quando
estou lavando louça, cozinhando, arrumando meu material de trabalho,
posso convidar meu filho a se envolver naquela atividade em que ele não
precisaria tomar parte. Isso é algo além da rotina e que traz uma saúde
imensa para a família, pois nos relacionamos “como gente” com a criança.
Não nos relacionamos mais com a criança como se ela fosse um objeto que
devesse estar em um lugar, fazer certas coisas etc.
5 e 6 – Falta de envolvimento na educação/relacionamento:
se você não lê a agenda que vem do colégio ou pouco se importa se a
criança está aprendendo ou não os recursos lingüísticos, matemáticos,
históricos, isso é um mau sinal. Preocupar-se com a educação de seus
filhos é preocupar-se com o que eles têm de mais precioso: a linguagem,
as habilidades infantis. Qual a dica aqui? Esteja atento a pequenas
coisas. Por exemplo: dependendo da faixa etária de seu filho, escolha um
livro para ler com ele durante o mês; pode ser um capítulo por noite.
Ou então, esteja atento à agenda do colégio, lendo o que está escrito e
escrevendo para a professora. Você também pode estar atento ao material
didático e analisar se o conteúdo exposto é coerente com o conjunto de
valores da família. Fazer tudo isso com atenção e estipulando metas a
alcançar nos dá a sensação de envolvimento e de estarmos próximos a
nossos filhos.
7 – Entrar em “piloto automático”:
o sétimo ponto é se você percebe que está cuidando de seus filhos no
“piloto automático”. Já não há novidades e apenas nos esforçamos para
manter a rotina. Isso aqui é uma grande síntese dos pontos anteriores.
Em qualquer relação humana, se ligamos o “piloto automático” para nos
relacionarmos com as outras pessoas, é um mau sinal. Precisamos estar
atentos a todas as nuanças, a todas as maravilhas e a estar com nosso
coração aberto e dispostos a nos surpreender com as novidades do
universo humano. Quanto entramos no “piloto automático”, amputamos todas
essas possibilidades e não nos damos completamente nem recebemos
completamente o outro. Sobretudo nesse caso, quando o outro é nosso
filho e sempre queremos o melhor para ele.
8 – Incapacidade de ouvir os filhos: no
oitavo e último ponto precisamos observar se realmente não somos mais
capazes de ouvir o que nossos filhos têm a nos dizer. Se a criança está
falando conosco, mas não prestamos nenhuma atenção, isso é um mau sinal.
Isso pode indicar o distanciamento emocional. O que fazer? Siga essas
dicas bastante práticas. Uma coisa importantíssima é olhar para a
criança quando ela está falando. Em qualquer conversa humana é
importante fazer isso, porém mais ainda com as crianças, pois elas têm
uma dificuldade muito grande de conversar com quem não olha para elas.
Se eu não olho para a criança, ela não imagina que estou falando com
ela, mas com qualquer um. É preciso então um diálogo personalizado. É um
ponto muito importante: olhar para a criança quando falamos com ela ou
quando ela fala conosco. É importante também não falar com a criança à
distância. Se a criança está em outro cômodo e nós, à distância, lhe
damos uma ordem, transmitimos a mensagem de que aquilo não é algo
importante. Além de a criança não se sentir valorizada, passa-se a
impressão de que não valorizamos a conversa nem o que estamos dizendo.
São 8
pontos bastante concretos que nos permitem notar se há algum
distanciamento emocional e entender melhor o que ele é. Sabendo disso,
podemos pôr remédio caso algum desses pontos tenha entrado em nossa vida
ou em nossa família.
Fiquem com Deus e até mais!
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