...2ª parte do artigo "Caminhos para uma inclusão humana" de Marina S. R. Almeida, psicopedagoga.
A nova meta da Educação tem que ser como pensar e não o que se pensa.
Os principais problemas de nosso tempo não podem ser compreendidos isoladamente, mas vistos de forma interconectada e interdependente.
A maneira de pensar deverá ser "holística" (vendo o mundo amorosamente como um todo integrado) e "ecológica" (reconhecendo a fundamental interdependência de todos os fenômenos naturais), tanto como indivíduos como sociedade, todos nós estamos inseridos dentro de processo cíclico da natureza.
O holístico também é parcial, pois depende de quem está vendo, em que momento, lugar, situação, de quem se trata, para que... Portanto nunca teremos um controle do todo, mas podemos ter maior chance se nos propusermos a considerar vértices e opiniões diferentes da nossa.
Uma visão holística da inclusão das pessoas com necessidades especiais, significa ver a inclusão como um todo funcional, compreendendo suas inter-relações entre as partes envolvidas.
Numa visão ecológica da inclusão, implicaria a percepção de como as inclusões das pessoas com necessidades especiais serão inseridas em seu ambiente natural e social: de que precisaremos para executar este paradigma, quais as estratégias fundamentais?
Por exemplo, à questão do transporte: estamos falando do quanto as pessoas com necessidades especiais e a sociedade estão dispostas a investir em locomoção que está relacionada a velocidade, segurança, conforto, prestígio e seus efeitos de conseqüência no meio-ambiente.
Isto envolverá valores diferentes, dependendo da escolha do transporte, por exemplo: entre carro adaptado, ônibus adaptado, cadeira de rodas.
O individuo poderá ser visto como um pobre coitado, alguém de bom senso, respeitável, admirável, o rico que tenta esconder a deficiência, e outras possibilidades.
A metáfora central da ecologia é a rede em oposição à hierarquia (estrutura de poder); é provável que teremos uma mudança na organização social, de hierarquias para redes, em vez de um paradigma baseado em valores antropocêntricos (centrados no ser humano) surgirá um paradigma baseado em valores ecocêntricos (centrados na Terra), reconhecendo o valor inerente de vida não humana.
Portanto os valores poderiam estar voltados para o tipo de transporte escolhido pela pessoa com necessidades especiais: se for poluente, se usa material reciclável, se beneficia a saúde da pessoa ou a torna sedentária e dependente, se ocupa muito espaço, etc ...
A partir desses conceitos, precisaremos de um novo sistema de ética, diferente do atual, e nossos filhos deverão ser preparados para sobreviver no futuro entendendo os princípios básicos da ecologia: interdependência, reciclagem, parcerias, flexibilidade, preservação, respeito, cultivo e diversidade. ...
Magda Cunha
*Pedagoga, Psicopedagoga, Especialista em prendizagem,
consultora na rede pública e particular de ensino.
mag-helen.maravilha@gmail.com
www.promaravilha.blogspot.com
*Pedagoga, Psicopedagoga, Especialista em prendizagem,
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