sexta-feira, 21 de julho de 2017

Criança inquieta? Não se concentra? Agitada?

Fonte: Blog Como educar seus filhos

http://comoeducarseusfilhos.com.br/blog/por-que-meu-filho-e-tao-inquieto/

Por que Meu Filho é tão Inquieto?


Uma reclamação cada vez mais freqüente de pais e professores está relacionada à falta de concentração das crianças. Muitos pais relatam que o filho apresenta dificuldade de permanecer sentado, de controlar a impulsividade, de ouvir com atenção, de manter o foco visual. A criança martela a régua sobre o livro, rói o lápis, batuca com os pés no chão, fica “gangorrando” na cadeira. Como não consegue aquietar-se para receber o conteúdo transmitido ou para escutar o que seus pais têm a dizer, tem dificuldade de recordar o que foi dito ou ensinado e até de repetir as instruções mais simples. 

O diagnóstico parece evidente: a criança sofre de algum distúrbio do aprendizado. O leque de opções é vasto e não pára de crescer: transtorno do déficit de atenção com hiperatividade (TDAH), distúrbio do processamento sensorial, dislexia, disgrafia, e assim por diante. Parece não haver fim para a quantidade de transtornos do desenvolvimento identificados pelos especialistas nos últimos anos. E isso deveria nos deixar perplexos: afinal, o que está acontecendo com nossas crianças?

Um fato importante a ser observado é que, a cada geração, o aumento da exigência sobre o sucesso acadêmico de crianças cada vez menores tem sido acompanhado da progressiva redução do tempo dedicado às atividades corporais energéticas. É comum hoje em dia acreditar que o fator determinante para o aprendizado é o tempo que se passa sentado em sala de aula, estudando. A “aula de Educação Física”, espremida no currículo escolar entre as “matérias importantes”, é vista por muitos com uma certa desconfiança. O resultado disso é que o corpo das crianças nunca esteve tão despreparado para aprender: a criança precisa movimentar-se para ter condições de aprender melhor.

Pesquisadores nos Estados Unidos têm descoberto que muitas crianças em idade escolar apresentam problemas relacionados à postura, deficiências no sistema vestibular (equilíbrio e coordenação), falhas no desenvolvimento da musculatura do core (força nuclear corporal) e sobrecarga sensorial (excesso de estimulação visual, auditiva etc.), o que tem um impacto direto sobre o desenvolvimento cognitivo e, conseqüentemente, sobre o desempenho acadêmico.

Para piorar a situação, hoje é comum trocar o “brincar lá fora” por jogos de videogame ou exposição a monitores, e assim a criança permanece sentada por ainda mais tempo. Além disso, a excessiva exposição a monitores provoca sobrecarga sensorial, que pode desencadear na criança, dentre outros sintomas, irritabilidade, dificuldade de interação social, fotofobia, dificuldade de concentração, excessiva sensibilidade a barulhos ou a certos estímulos físicos (como o toque), tensão muscular, distração, problemas do sono e surtos de agressividade.

Dada essa situação, antes de buscar diagnósticos psiquiátricos, é importante investigar se seu filho está se exercitando na quantidade exigida por seu corpo, de modo a criar condições físicas adequadas ao desenvolvimento cognitivo. Duas horas de futebol por semana não são suficientes. As atividades precisam ser diárias – embora muito simples -, pois são tão necessárias ao desenvolvimento de seu filho quanto o alimento e o sono. 

Não é sem razão nossa insistência na prática de ginástica pelas crianças, bem como de atividades de normalização e de psicomotricidade.

Por isso, o “brincar lá fora” – correndo, subindo em árvores, brincando nas barras, rolando na grama ou na terra, pulando amarelinha, saltando, jogando queimada ou peteca etc. – é coisa muito séria. Habilidades motoras pouco desenvolvidas podem comprometer o desenvolvimento cognitivo e o aprendizado da criança.
Por isso, se você quer realmente ajudar seu filho a aprender, antes de sentá-lo numa cadeira e enchê-lo de folhas de atividades, deixe que ele se movimente! Confira estas dicas: elas podem lhe servir de inspiração.

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