segunda-feira, 25 de março de 2013

Educação Financeira desde a Infância



A Revista da Cultura sempre trás assuntos diferentes para reflexão do nosso cotidiano, com cuidado nas pesquisas e ausência de tendências "modistas".
Gosto da leitura que além da notícia vem acompanhada de comentários e discussões, que promovem a interação com o tema. 

Na edição nº 57, uma reportagem sobre como ensinar crianças a lidar com dinheiro, chamou em especial minha atenção, por ser  essencial na formação dos futuros empreendedores  e  por conseguinte estar pouco divulgado no meio escolar.

Outros materiais, em vídeo, que abordam a educação financeira das criança e adultos estão disponíveis no site da Bovespa:

http://www.bmfbovespa.com.br/pt-br/educacional/cursos/cursos.aspx?idioma=pt-br#

Também essa instituição "Bovespa" oferece cursos e palestras para esclarecer sobre investimentos diversos, já participei de alguns e indico pela clareza e resultado na organização das finanças pessoais.


Magda Cunha



Fonte: Revista da Cultura 
Por Renata Valério de Mesquita
Ed 57, abr 2012



MOEDA DE TROCA
Cada vez mais interessados em se instruir sobre finanças pessoais, adultos se empenham para ensinar as crianças a lidar com dinheiro.

Diante de uma sucessão de crises financeiras mundiais, é natural pensar que o brasileiro vem demandando e consumindo cada vez mais livros sobre finanças pessoais para se proteger de possíveis impactos negativos.
Em vez de se preocupar com isso, o brasileiro se interessa mais em não em não perder oportunidades de investimento", conta Gustavo Cerbasi, que testemunhou um boom de vendas na crise internacional de 2008.
Para o consultor financeiro e autor de Casais inteligentes enriquecem juntos, Investimentos inteligentes e outros sete títulos sobre o assunto - com 1,4 milhão de exemplares vendidos -, a estabilização da economia nacional por meio do Real levou o brasileiro a ter mais condições  de calcular a evolução dos gastos e rendimentos e hoje o que ele mais quer é realizar seus sonhos de consumo.

"Os brasileiros ainda não se preocupam com o futuro como deveriam. Mas se incomodam com a possibilidade de perder dinheiro ou de fazer más escolhas que afetem suas vidas a longo prazo", arremata. Atualmente essa perspectiva parece levar os adultos a se instruir mais sobre como lidar com o dinheiro e a transmitir ensinamentos sobre o tema aos mais jovens."Uma criança que teve educação financeira completa - não puramente numérica, nem só matemática - se torna um adulto diferenciado", garante Álvaro Modernell, outro de finanças pessoais, especializado no público infantil de 3 a 10 anos. 

Depois de trabalhar mais de duas décadas no mercado financeiro e com assessoria dessa mesma área, Modernell percebeu que as pessoas que tinham mais dificuldade para controlar suas finanças não eram as que tinham menos dinheiro, menos cultura ou nível social mais baixo. "Decidi pesquisar o que identificava esse perfil. Na minha tese, descobri que quem tinha mais dificuldade era quem nunca tinha recebido qualquer orientação financeira quando pequeno", revela.


Ao mesmo tempo que concluía sua tese, o especialista teve seu primeiro filho e, como lembrancinha de festa de 1 ano dele, preparou o livro Zequinha e a Porquinha Poupança. Este  -  que é o atual  best seller  do autor,  mostrando como um menino aprende que com perseverança  e  paciência  pode realizar muitos sonhos - teve um retorno absolutamente positivo desde o despretensioso lançamento. "Minha segunda filha também teve direito ao seu livrinho: Paulinha e o Ipê Amarelo. E essa brincadeira virou hobby e se tornou uma segunda profissão. Hoje, me dedico totalmente à minha editora, aos meus livros, além de cursos, consultorias e palestras que sou relacionadas ao tema."

Durante três anos, o autor foi, ainda, um dos especialistas consultados pelo Ministério d Educação e Cultura (MEC) para criação da Estratégia nacional de educação financeira (Enef), que entrou em 2012 em vigor nas escolas públicas. A educação financeira passa a ser incorporada nas aulas do currículo tradicional como uma matéria transversal. "O governo foi feliz na forma como montou essa estratégia. Ouviu muita gente: estudantes de diversas idades e níveis sociais, pais, aposentados, instituições e profissionais do mercado financeiro", relata Modernell.

Cerbasi, que dedicou o livro Pais inteligentes enriquecem seus filhos para ajudar a família nessa missão educadora, acredita que a iniciativa de criar uma cultura de instrução financeira dentro das escolas vai dar resultado em questão de cinco a dez anos. "Talvez o brasileiro fique até mais endividados lá na frente, mas a dívida dele será de maior qualidade. Não será em roupas e objetos de consumo, estará mais voltado para imóveis e pequeno empreendimentos que geram renda". Afinal,defende ele, o bom uso do dinheiro - e até o enriquecimento - é uma escolha que cada um pode fazer. mas, sem dúvida, é preciso estar bem instruído para saber fazê-la.






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