sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Educação x Corrupção no Brasil



                         Oportunidades igualitárias se fazem urgentes nas salas de aula brasileiras.


Posto com entusiasmo esse artigo que revela um trabalho muito bem elaborado e de interesse público.
Precisamos de investimento na área de pesquisa educacional, e que se multipliquem pelo país ações como essa.
Esse programa nos revela possibilidades de mudança na forma de divulgação e acesso democrático aos estudos.
Parabéns aos idealizadores, a todos que participam e que tornam possível a mudança de paradigma na educação nacional, para um país mais justo, igualitário e digno.
A corrupção tem uma solução, a educação.

Magda Cunha


Fonte: Pensar a educação, Revista Presença pedagógica
          
Programa
Pensar a Educação/Pensar o Brasil 
1822-2022
Livros, seminários, programas de rádio e conteúdos para internet fazem parte das ações do  Programa Pensar a Educação/Pensar o Brasil – 1822-2022.

 A proposta é aproveitar o período que antecede os 200 anos da independência do Brasil para aprofundar o debate sobre a contribuição da educação para a construção de um país melhor para todos os brasileiros Criado em 2007, o Programa de Ensino, Pesquisa e Extensão Pensar a Educação/Pensar o Brasil – 1822-2022 (PEPB) articula projetos em torno da educação pública.

É desenvolvido por um grupo multidisciplinar de professores e alunos dos níveis de graduação, mestrado, doutorado e pós-doutorado da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), que atuam em diferentes áreas do conhecimento, como pedagogia, educação física, história, letras e comunicação social.

Trata-se de uma ação que busca criar e desenvolver projetos voltados para o público em geral, principalmente para os professores, utilizando diversas mídias para qualificar e expandir a reflexão acerca do tema.

Os coordenadores do Programa, desde sua concepção, são os professores Luciano Mendes de Faria Filho, da Faculdade de Educação, e Tarcísio Mauro Vago, da Escola de Educação Física.

O Programa atribui grande valor ao caráter  formativo dos seus integrantes e o público-alvo, propiciando desenvolvimento contínuo e dinâmico de competências e favorecendo a consciência da necessidade de redimensionar as ações pedagógicas e culturais.

Sua proposta é potencializar a indissociável relação das atividades de extensão com o ensino e a produção do conhecimento acadêmico.

Para cumprir com a responsabilidade social da universidade pública na produção e divulgação do conhecimento científico, o Programa retoma a ideia de que a função da universidade é produzir conhecimento e ser o espaço da crítica qualificada.

O objetivo do Programa é aproveitar o período que antecede as comemorações dos 200 anos da independência do Brasil (a ser completado em 2022) para propor ações que estimulem a reflexão sobre a contribuição da educação para a construção de um país mais justo e igualitário.

Para o Programa, a educação é uma das principais ferramentas para a formação de cidadãos conscientes de seus direitos e deveres, e  de um maior protagonismo no processo democrático.

De acordo com um dos principais idealizadores do Programa, Luciano Mendes de Faria Filho (2011), “uma das maneiras de projetar alternativas viáveis para a construção de um país mais democrático e igualitário é, justamente, o esforço para pensar os nossos problemas de maneira plural e diversificada, fugindo de lugares comuns e soluções fáceis”. 

Escândalos políticos e transformações de fundo pelos quais passava a esfera pública no Brasil e no mundo em 2007 motivaram, inicialmente, alguns questionamentos sobre o silêncio dos intelectuais brasileiros.

Isso deu origem a uma série de debates sobre democracia, esfera pública e participação política. No entanto, houve um esquecimento do papel da escola pública.

É como se, infelizmente, nossa intelectualidade acreditasse que é possível construir uma sociedade democrática sem uma escola pública de qualidade. [...]
Será por que a escola pública foi abandonada pela classe média, estrato de onde vem a maioria dos intelectuais?
Será por que, uma vez mais, a escola pública é a escola dos outros, já que a nossa escola, a dos nossos filhos e filhas, é a escola privada? (FARIA FILHO, 2011).

O programa busca, assim, alargar e ocupar, como intelectuais da educação, o espaço de debate  sobre a escola pública no Brasil.

Conjunto de ações

Em 2007, foi realizado o primeiro projeto integrado ao Programa: o Seminário Nacional, que teve como título Os intelectuais e o debate público sobre educação no Brasil.

Desde então, esse projeto vem sendo organizado em oito conferências anuais, que giram em torno de um tema relevante para o debate sobre a educação pública.

Proferidas por importantes pesquisadores da UFMG e de outras instituições brasileiras, essas conferências são gratuitas, abertas à participação do público em geral e emitem certificados de participação.

Esses eventos são filmados, gravados em DVD e disponibilizados gratuitamente. Para alunos de graduação das instituições públicas e privadas, além do contato com rica discussão sobre o tema educação pública, a participação no Seminário é também um momento importante para suas atividades acadêmicas, servindo como atividade complementar de curso.

As conferências integram o currículo do Programa de Pós-graduação da Faculdade de Educação da UFMG. São voltadas para os alunos matriculados nos cursos de mestrado e doutorado em educação e de outros cursos da UFMG, mas também para pessoas graduadas em qualquer instituição de ensino superior, na condição de disciplina isolada.

Cria-se, assim, mais um espaço de formação acadêmica que motiva o ingresso na pós-graduação.

O segundo projeto integrado ao Programa é a publicação de livros que compõem a Coleção Pensar a Educação/Pensar o Brasil – 1822-2022, uma parceria com a Mazza Edições.
 Essa coleção está organizada em cinco séries, que são:
• Seminários – reúne os textos das conferências proferidas no Seminário Anual;
• Clássicos da Educação Brasileira – estimula a leitura e busca aproximar os clássicos da educação brasileira do público geral, em especial dos professores;
• Estudos Históricos – apresenta trabalhos de história da educação e de áreas afins que contribuam para ampliar o entendimento sobre o lugar da educação no âmbito dos projetos do Brasil, delineados ao longo de nossa história;
• Diálogos – apresenta livros destinados aos professores sobre temas variados relacionados ao universo escolar;
• Ensaios – publicará textos com sínteses sobre as grandes questões nacionais, escritos pelos principais especialistas no assunto, cobrindo os últimos 200 anos da história do Brasil.

O terceiro projeto integrado é um programa radiofônico transmitido pela Rádio UFMG Educativa, 104,5 FM (confira o link da Rádio no site da  Presença Pedagógica: (www.presencapedagogica.com.br).
Esse projeto é veiculado semanalmente, ao vivo, toda segunda feira, das 20h às 22h. Está no ar, ininterruptamente, desde setembro de 2007, tendo sido realizado cerca de 200 programas.

Em 2009, o programa de rádio passou a contar com uma retransmissão realizada pela Rádio da Universidade Estadual de Maringá, PR. Em 2010, começaram a ser transmitidos alguns programas de rádio, ao vivo, diretamente de escolas públicas de Belo Horizonte, MG.

Nossa intenção com esse esforço se resume no propósito de criar condições para que as escolas públicas de Belo Horizonte possam divulgar as suas práticas e experiências inovadoras no campo da Educação Básica. Já foram transmitidos nove programas realizados nas escolas.

O quarto projeto integrado ao Programa é a produção de conteúdos para a internet, disponibilizados no site <http://www.fae.ufmg.br/pensareducacao>.
Trata-se de um importante meio de divulgação de textos sobre educação, informações sobre as atividades do projeto, a agenda dos Seminários e sugestões de leitura.

Conta, ainda, com um arquivo de áudio, que contém, na íntegra, todos os programas de rádio já realizados.
Os internautas interessados nas ações do Programa podem contar também com os recursos da interatividade das mídias digitais. Dessa forma, são realizadas interações dinâmicas por intermédio de redes sociais, como Facebook, Orkut e Twitter.

Com isso, ampliam-se as trocas de informações e de ideias, promovendo debates.

A partir dessas ações, desenvolvidas em diversas mídias (impressa, digital, radiofônica) e também de forma presencial, buscamos democratizar o acesso ao debate, às pesquisas e ao conhecimento sobre a educação pública no Brasil.

Referências
Sugestões de leitura:
MOURA, Maria Aparecida (Org.).  Cultura informacional e liderança comunitária: concepções e práticas. Belo Horizonte: UFMG / PROEX, 2011.
FARIA FILHO, Luciano Mendes de.  Projeto Pensar a Educação/Pensar o Brasil – 1822-2022. Disponível em <goo.gl/V2ZSd>. Acesso em: 03 out. 2011.
VAGO, Tarcísio Mauro; HAMDAN, Juliana Cesário; INÁCIO, Marcilaine Soares; SANTOS, Hercules Pimenta dos. Intelectuais e
escola pública no Brasil: séculos XIX e XX. Belo Horizonte: Mazza Edições, 2009.
XAVIER, Maria do Carmo (Org.).  Clássicos da educação brasileira, v. 1. Belo Horizonte: Mazza Edições, 2010.

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