A seguir temos a indicação de algumas brincadeiras que desenvolvem a atenção através da audição. São prazerosas e fáceis de praticá-las na educação infantil e fundamental I.
Aproveitem e agucem a audição de seus alunos, isso irá auxiliá-los na leitura, interpretação e produção textual.
Magda Cunha
Terapia de processamento auditivo
Decodificação:
Deverá enfatizar o treino das habilidades auditivas de consciência fonológica (análise e
síntese) associada à leitura e o treino dos aspectos de discriminação de freqüência,
intensidade e duração de sons nã o-linguísticos e de sons verbais.
Codificação:
Deverá enfatizar o treino da compreensão de linguagem no ruído (figura-fundo) e o
treino de cada canal auditivo separadamente, utilizando tampão auricular.
Organização:
Treinar predominantemente memória para sons em sequência. Utilizar sons verbais
visando à sequência lógico temporal de um texto. Usar sons não verbais visando à
prosódia da fala.
O processo de intervenção não possui uma ordem sequencial de treino preestabelecida.
Atividades:
1) Duração de 10 a 20 min. Material: um lenço de pano. Objetivo: desenvolver o
processamento auditivo e a memória. Organização: os participantes formam um
círculo, ficando um deles no centro, com os olhos vendados. Desenvolvimento:
o animador caminha ao redor do círculo e toda vez que tocar em alguém, aquele
que foi tocado perguntará: Quem é? Quem estiver no centro, com os olhos
vendados, terá que adivinhar o nome do participante que falou. Se não adivinhar,
o participante que falou passa a ocupar o lugar dele no centro do circulo. Mas se
reconhecer a voz e pronunciar o nome do companheiro mantém seu lugar e a
brincadeira recomeça.
2) Duração 15 minutos. Material: giz ou equivalente pra traçar uma linha no
chão; dois cartazes: em um escrito a palavra rio e em outro a palavra ribeira.
Objetivos: desenvolver a orientação espacial; desenvolver o processamento
auditivo, sendo as habilidades auditivas predominantes tais como a atenção e o
reconhecimento de palavras com extensão diferentes. Organização: traça-se
uma linha bem visível no chão. Um dos lados da linha será o rio, onde será
colocado o cartaz correspondente no chão, e o outro, ribeira, onde coloca -se o
outro cartaz. Os participantes colocam-se em fila indiana, do lado da ribeira,
junto à linha divisória. Desenvolvimento: o animador vai alterando
arbitrariamente as palavras rio, ribeira..., devendo os participantes deslocarem se, saltando com ambos os pés, para o lado indicado. Quem se enganar ou pisar
sobre a raia, sai do jogo. O ultimo que ficar será o vencedor. Pode -se tornar o
jogo mais difícil, fazendo com que os participantes pulem num pé só ou que
coloquem a mão na nuca. Se perderem o equilíbrio ou soltarem a mão terão que
sair do jogo.
3) Duração de 10 a 20 minutos. Objetivo: desenvolver o processamento auditivo,
sendo as habilidades auditivas predominantes atenção, memória e o
reconhecimento de palavras. Organização: os participantes dispõem-se em
círculo, sentados, deixando um lugar vago. Cada qual escolhe para si o nome de
uma fruta ou verdura e esta escolha deve ser feita em conjunto. As crianças
podem escrever os nomes das frutas e verduras em papéis, lendo-os em seguida
e sorteando-os. Os nomes podem ser colocados na forma de crachás.
Desenvolvimento: o animador conta que foi a uma quitanda e lá conheceu o Sr.
Joaquim que lhe perguntou o que desejava e ele foi enumerando uma lista de
verduras e frutas com as respectivas quantidades. Cada vez que o animador
menciona uma fruta ou verdura, o participante que tiver o mesmo nome deve
ocupar o lugar que estiver vago; aquele que se enganar ou demorar sai do jogo.
Observação: é preciso ter cuidado de reconstituir o círculo toda vez que
necessário, de maneira que não fique mais de um lugar vago. A atividade pode
começar lentamente e ser acelerada aos poucos.
4) Duração 15 minutos. Material: um apito. Objetivo: propiciar o
desenvolvimento do processamento auditivo, sendo as habilidades auditivas
predominantes a atenção e o reconhecimento de sons não verbais com variação
de intensidade (forte versus fraco), duração (curto versus longo) e frequência
(número de vezes). Organização: os participantes colocam-se em fila,
separados por uma distancia de um metro. O professor ou terapeuta deve ter um
apito. Desenvolvimento: quando o animador apitar uma vez, os participantes
deverão dar um passo pra frente. Se apitar duas vezes, o passo será pra trás.
Quem se atrapalhar sai do jogo. E assim prossegue sucessivamente até restar um
só que será o vencedor. Observação: pode-se variar a atividade acrescentando
saltos para os lados ou outros movimentos e as opções de apresentação do som
já descritas.
5) Duração de 5 a 10 minutos. Material: cadeiras. Objetivo: estimular a atenção;
desenvolver o processamento auditivo. Organização: dispõem-se as cadeiras
formando uma roda, colocando-se uma a menos que o total de participantes.
Desenvolvimento: todos em pé, inicia-se o percurso ao redor das cadeiras, sem
tocá-las. A movimentação deve ocorrer ao som de uma música, cantada pelas
crianças com variação de velocidade, sendo que, em músicas mais rápidas as
crianças deverão andar mais rápido e, em mais lentas, o oposto. Ao sinal do
professor, cada qual procura sentar-se na cadeira mais próxima. Quem não
conseguir sai do jogo.
6) Duração 20 minutos. Material: giz para traçar círculos no chão. Objetivo:
desenvolver o processamento auditivo; treinar habilidades auditivas associadas
com habilidades visuais. Organização: os participantes escolhem ou recebem
nomes de animais, escrevendo e/ou lendo os diferentes nomes, sentam-se ao
acaso no chão (a floresta) Desenvolvimento: o caçador percorre o lugar em
todas as direções e vai chamando os animais. O integrante nomeado deve
apressar-se a tomar a posição atrás do professor. O passeio dos animais, quando
designados pelo caçador pode ser feito por exercícios os mais variados: corridas,
saltos etc.
7) Duração de 12 a 40 minutos, conforme o número de participantes. Material:
um lenço, um pacote de balas, folhas ou pedaços de papel. Objetivo:
desenvolver o processamento auditivo, sendo as habilidades auditivas
predominantes como a atenção e a localização sonora. Organização: os
participantes sentam-se formando um círculo. O professor coloca uma venda nos
olhos de um deles, em seguida transporta para algum lugar, por ele ignorado, o
pacote de balas, que deverá estar envolvido em papel grosso, de tal maneira que
seja difícil desembrulhar sem fazer ruídos. Desenvolvimento: a um sinal do
professor um dos participantes, indicado ao acaso, deixa seu lugar e aproxima-se
silenciosamente do pacote de balas. Se conseguir abri-lo sem fazer barulho, tem
direito a comer uma bala e ganha três pontos. O participante que fez o papel de
sentinela toda vez que ouvir algum barulho grita “alto” e indica a direção onde
acredita estar o ladrão. Se acertar, o companheiro que faz o papel de ladrão é
eliminado e a sentinela ganha três pontos. Escolhe-se nova sentinela e outro
participante para o papel de ladrão e a brincadeira continua. Pode-se dividir os
participantes em duas equipes e, neste caso, os pontos ganhos serão distribuídos
às respectivas equipes.
8) Objetivos: percepção auditiva analítico-sintético não verbal; ampliação do
vocabulário. Material: gravador e fita cassete com sons relacionados a situações
contextualizadas. Método: o professor apresenta aos alunos várias seqüências
sonoras (em média três estímulos por seqüências), representando determinadas
situações. As crianças separadas em grupos, deverão recompor em todo as partes
sonoras apresentadas, marcando pontos para seu grupo. Exemplo: buzina, motor
de carro e carro freando = rua; telefone, máquina de escrever e impressora =
escritório.
9) Objetivos: ampliação do vocabulário; percepção auditiva/rima, introdução à
noção de prefixo e sufixo. Método: a criança deve inventar palavras que tenham
em comum o sufixo ou o prefixo da palavra selecionada; por exemplo: com base
em “infeliz” e “livraria” ela faz outras associações, formando palavras como
insensível, inativo, indiscreto/carpintaria, papelaria, mercearia, sapataria.
10) Objetivos: desenvolver a memória auditiva verbal; desenvolver o gosto pela
leitura e escrita; percepção auditiva de figura-fundo; promover o aumento do
vocabulário. Método: formular histórias com as crianças em que o início é dado
e cada criança contribui com uma parte da história. Ao terminar, a história
deverá ser lida para as crianças pelo professor. A atividade deverá ser realizada
com mensagem verbal competitiva (música, barulho de rua etc.). Deve-se
chamar a atenção da criança para o som do fundo.
11) Objetivos: desenvolver a memória auditiva verbal; desenvolver ritmo;
ampliação do vocabulário; introdução de prefixo e sufixo. Método: a partir de
um inventário de palavras realizado pela criança e/ou de um texto escrito, o
professor seleciona uma palavra em que aparece um prefixo e/ou um sufixo. O
professor orienta as crianças a construírem a “família da palavra” (por exemplo,
a palavra pedrinha permite que a criança reconstitua a “família”:
pedra/pedreira/pedreiro/pedregulho/pedraria...). Cada aluno deverá repetir a
sequência correta de palavras e acrescentar um novo elemento, marcando cada
sílaba de palavras com palmas.
12) Objetivos: estimular a linguagem oral; estimular a memória auditiva. Método:
o professor narra o enredo de uma história. Por exemplo: João hoje saiu de
manhã e... Cada aluno, por ordem, deverá repetir o que foi dito e colocar mais
alguma coisa que complemente a história, imediatamente. O professor dirá que a
história deverá ser memorizada. Após completar a história (ou o número de
crianças), o professor fará a interpretação da mesma com as crianças.
13) Objetivos: identificar estímulos sonoros; desenvolver a memória auditiva;
treino monoaural e binaural para mensagens verbais; desenvolver a produção
oral. Material: texto para leitura (histórias interessantes e curtas). Método: o
professor deverá contar uma história curta de forma expressiva, podendo, para
isso, utilizar objetos para representar os personagens da história e sons
instrumentais e ambientais para representar determinadas situações. O aluno
deverá ouvir a história ocluindo com a mão uma das orelhas. Posteriormente
inverte-se a orelha que será ocluída e, numa etapa final, a história é contada
repetida sem que os alunos ocluam as orelhas. Cada aluno deverá reproduzir
parte da história oralmente.
Amei as dicas, vou utilizar com meus alunos que tem TPC na eslcola.
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