ABORDAGEM PSICOPEDAGÓGICA NO CURRÍCULO ESCOLAR, METODOLOGIA, DIDÁTICA, CONTEÚDOS E AVALIAÇÃO NA APRENDIZAGEM
continuação da monografia ...
O ensino dos conteúdos deve ser visto como a ação recíproca entre a matéria, o ensino e o estudo dos alunos. Através do ensino criam-se condições para assimilação consciente e sólida do conhecimento.
Constituem o objeto de mediação escolar no processo de ensino, no sentido de que a assimilação e compreensão dos conhecimentos e modos de ação se convertem em idéias sobre as propriedades e relações fundamentais da natureza e da sociedade, formando convicções e critérios de orientação das opções dos alunos frente às atividades teóricas e práticas postas pela vida social.
A relevância social dos conteúdos significa incorporar no programa as experiências e vivências das crianças na sua situação social concreta, para contrapor a noções de uma sociedade idealizada e de um tipo de vida e de valores distanciados do cotidiano das crianças.
Os conhecimentos são relevantes para a vida concreta quando ampliam o conhecimento da realidade, instrumentalizam os alunos a pensarem metodicamente, a raciocinar, a desenvolver a capacidade de abstração, enfim, a pensar a própria prática.
O tratamento metodológico dos conteúdos numa ótica crítico-social pressupõe que as propriedades características dos objetos de estudo estão impregnadas de significações humanas e sociais. Isto significa não só que os conhecimentos são criações humanas para satisfazer necessidades humanas, que devem servir à prática, ser aplicados a problemas e situações da vida social prática, como também que devem ser evidenciadas as distorções a que estão utilizados para o ocultamento das relações reais desumanizadoras existentes na sociedade.
Metodologia e didática se fundem para atingir esses objetivos educacionais. O significado para aprendizagem e a socialização dos diferentes interesses marcam essa nova fase da educação, que naturalmente é inclusiva.
Segundo Libâneo, “a Didática é um lugar, ao qual cabe estudar as principais teorias educacionais dos nossos tempos, confluindo os saberes, num patamar de articulação entre o que se deve fazer e o que se deve saber”.( Libâneo, 1981)
Segundo Ghiraldelli, “a verdadeira didática, deve muito a capacidade geral de se dispor para o outro, na troca de olhares e “cortejamento” entre educador e educando.( Ghiraldelli, 2000)
A tessitura dos conteúdos, com a metodologia e didática apresentados privilegiam a qualquer aluno em sua aprendizagem, pois respeitam suas características individuais, consideram suas experiências prévias, propiciam aplicação significativa dos conteúdos abordados e constroem a autonomia do pensar.
O próximo passo é como avaliar esse processo de desenvolvimento de aprendizagem de forma condizente.
Segundo Coll, “no processo de construção e reconstrução dos conhecimentos pelos alunos que se instaura o papel da avaliação enquanto instrumento de aprendizagem e como elo integrador da intenção da ação educativa.
A avaliação é que irá impulsionar o processo de construção dos conhecimentos no qual o aluno acompanha seu próprio processo de construção, e de reconstrução, bem como seus ganhos e perdas, sucessos e fracassos, reorientando-se permanentemente.
A avaliação deve ser um instrumento de reflexão sobre sua aprendizagem e impulsionadora da sua continuidade:avaliação no seu significado básico de investigação e dinaminazação do processo de conhecimento”. (Coll, 1987)
A avaliação portanto passa a ser mais do que constatação dos conteúdos retidos, ela instaura uma forma dinâmica de aprendizagem, numa dialética (conteúdo x apropriação) ao mesmo tempo que altera a prática.
A auto-avaliação entra nesse processo continuamente, pois o aluno avalia sua estratégia e reorganiza sua conduta, torna-se responsável pelos seus atos, assume suas dificuldades e desafia a si mesmo na superação dos obstáculos.
Magda Cunha
consultora na rede pública e particular de ensino
mag-helen.maravilha@gmail.com
www.promaravilha.blogspot.com
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