Observamos que esse desajuste de comportamento se dá por uma gama de fatores.
Alguns questionamentos cabem nessa reflexão, seguem alguns mais relevantes a meu ver.
O ajuste social dos indivíduos só é possível com mediação dos familiares?
As famílias estão terceirizando a educação da sua prole?
É o novo modelo de sociedade que impõe essa conduta?
Como a criança se posiciona mediante diferentes atitudes sobre uma mesma situação?
Os limites são impostos ou conquistados?
A qualidade do ensino/aprendizagem fica prejudicada pela falta de limites dos alunos?
Como podemos atuar para uma coerência na instituição de limites entre escola/família?
Qual o perfil de educando que pretendemos formar?
Como podemos atuar para uma coerência na instituição de limites entre escola/família?
Qual o perfil de educando que pretendemos formar?
Bom seria que todas escolas tivessem a oportunidade de realizar um trabalho junto às famílias, refletindo sobre essas questões, no intuito de auxiliar na formação de limites dos educandos e melhora contínua do aprendizado e convivência escolar.
Seguem algumas sugestões, do canal Discovery Kids Brasil, que acredito irão colaborar para melhorar a qualidade das relações no âmbito escolar.
Magda Cunha
FONTE: http://discoverykidsbrasil.uol.com.br/pais/artigos/sugestoes-na-hora-de-impor-limites/?cc=BR
Sugestões na hora de impor limites
Uma das tarefas mais difíceis para os pais é impor limites aos filhos. Mesmo estando de acordo sobre a importância desta tarefa, muitos pais variam entre muito rigorosos e excessivamente liberais. Vamos apresentar aqui algumas
propostas para estabelecer limites.
Capacidade de espera
Os limites são bons para fortalecer a capacidade de espera dos filhos.
Quando nascem, os bebês querem que suas vontades sejam atendidas imediatamente,
e os pais fazem de tudo para atendê-los.
À medida que cresce, a criança aprende a esperar por meio da socialização, além de ter acesso a substitutos para os objetos primários de satisfação, como a chupeta, por exemplo, que substitui o seio materno.
Quanto maior a capacidade de espera, mais complexos se tornam esses substitutos. Uma criança pode se acalmar e esperar quando falamos, cantamos ou contamos uma história.
Os limites ensinam a criança a adiar seus desejos. Eles a preparam para situações parecidas que irá enfrentar ao longo da vida.
À medida que cresce, a criança aprende a esperar por meio da socialização, além de ter acesso a substitutos para os objetos primários de satisfação, como a chupeta, por exemplo, que substitui o seio materno.
Quanto maior a capacidade de espera, mais complexos se tornam esses substitutos. Uma criança pode se acalmar e esperar quando falamos, cantamos ou contamos uma história.
Os limites ensinam a criança a adiar seus desejos. Eles a preparam para situações parecidas que irá enfrentar ao longo da vida.
Tolerância à frustração
É imprescindível que a criança entenda que os pais às vezes dizem
"não", e que não há como mudar tal decisão. A frustração que isso
gera é inevitável, mas é importante aprender a lidar e conviver com esse
sentimento porque são as regras, precisamente, que lhe darão segurança e
ensinarão a confiar em um critério sólido. Se uma criança for mais forte que os
pais, não vai se sentir protegida por eles.
Se fizer birra ou ficar irritada, é possível distraí-la ou acalmá-la com um abraço, mas nunca faça de conta que não está percebendo o que está acontecendo. Depois que tudo estiver tranquilo novamente, é importante conversar. Isso fará com que a criança aprenda com a experiência.
Se fizer birra ou ficar irritada, é possível distraí-la ou acalmá-la com um abraço, mas nunca faça de conta que não está percebendo o que está acontecendo. Depois que tudo estiver tranquilo novamente, é importante conversar. Isso fará com que a criança aprenda com a experiência.
Entre a explicação e a rotina
O ponto de partida para impor um limite é explicar o porquê dessa imposição.
Se o filho compreende o motivo da criação de uma regra ficará mais predisposto
a obedecê-la. Isso também o ajudará a construir uma consciência própria de que
valores de comportamento são importantes. Na hora de dar uma explicação é
importante ser direto para não distrair a criança com rodeios desnecessários. É
só dizer: "Empreste os seus brinquedos, porque assim seus amiguinhos
também vão emprestar os deles para você".
Depois de imposto, é imprescindível que o limite seja sempre respeitado. Cada vez que surgir uma situação que exija a regra imposta, é importante ressaltá-la. Desse jeito não sobra espaço para a resistência ou a negociação e ela se tornará um hábito. Principalmente se a regra é uma rotina familiar, como a hora de ir para a cama.
Depois de imposto, é imprescindível que o limite seja sempre respeitado. Cada vez que surgir uma situação que exija a regra imposta, é importante ressaltá-la. Desse jeito não sobra espaço para a resistência ou a negociação e ela se tornará um hábito. Principalmente se a regra é uma rotina familiar, como a hora de ir para a cama.
Por que insistem em desobedecer?
Fazer com que seu filho aprenda a se comportar é uma tarefa muito
difícil. Se ele insiste em desobedecer é sempre bom analisar, primeiro, se está
realmente entendendo as regras. Muitas vezes parece que nos expressamos claramente,
mas, na verdade, nosso filho não entende exatamente o que dizemos ou como
fazemos alguma coisa. Também é possível que algo esteja atrapalhando a paz
familiar: o nascimento de outro filho, instabilidade no trabalho, mudança de
casa ou de escola, doenças ou divórcio. É provável que a desobediência seja a
maneira que o filho encontra de mostrar que não está feliz com uma nova
situação.
Por último, essa desobediência pode ser uma maneira de pedir carinho. Se os pais parecem bravos e inflexíveis quando impõem um limite, é possível que a criança pense que não é querida. Daí a importância de demonstrar firmeza sem perder o afeto.
Por último, essa desobediência pode ser uma maneira de pedir carinho. Se os pais parecem bravos e inflexíveis quando impõem um limite, é possível que a criança pense que não é querida. Daí a importância de demonstrar firmeza sem perder o afeto.
O que fazer com os castigos e os prêmios?
Os castigos devem ser usados para corrigir uma atitude. Estes podem ser
a privação de algo que tenha relação com o que a criança está fazendo. Por
exemplo: "Se você tirar o tênis para brincar no parque nós vamos voltar
para casa". É importante que isso seja dito logo depois que a criança
apresente o mau comportamento para que ela possa estabelecer rapidamente uma
associação.
Muitos pais usam prêmios para fazer com que os filhos sigam as regras. É importante ter cuidado para evitar o abuso dessa estratégia. A criança pode se acostumar rapidamente a negociar o prêmio, esquecendo que a verdadeira função de uma regra é fazer o melhor para ela e para as outras pessoas.
Muitos pais usam prêmios para fazer com que os filhos sigam as regras. É importante ter cuidado para evitar o abuso dessa estratégia. A criança pode se acostumar rapidamente a negociar o prêmio, esquecendo que a verdadeira função de uma regra é fazer o melhor para ela e para as outras pessoas.
Respeito aos adultos
É importante ensinar os filhos a respeitar os adultos. Para isso,
deve-se partir do princípio de que devem respeitar outros adultos como
respeitam os pais. Esse comportamento nasce do amor e do respeito que
demonstramos. Não podemos esperar que uma criança seja atenta e educada com a
mãe se ela fala palavras feias, grita, diz mentiras ou bate no filho.
Lembrem-se que os filhos aprendem o que vêem.
Não é preciso esperar que eles cresçam para serem educados nesse sentido. Trata-se de uma aprendizagem que começa no nascimento e se desenvolve por toda a infância. O mais importante é dar o exemplo.
Não é preciso esperar que eles cresçam para serem educados nesse sentido. Trata-se de uma aprendizagem que começa no nascimento e se desenvolve por toda a infância. O mais importante é dar o exemplo.
Relação entre a família e a escola
A responsabilidade de educar um filho é muito grande. Essa educação
oferece às crianças condições de se integrar ao mundo e à cultura com respeito
e tolerância.
Essa tarefa não pode ser atribuída à escola. Os pais precisam assumir o compromisso de ensinar os filhos a se comportar. Quantas vezes ouvimos pessoas dizerem: "Na escola ele é um anjo, mas em casa é desobediente".
A obrigação de ensinar a se comportar não é exclusivamente da escola. Se isso é bem aplicado na escola, também precisa ser bem aplicado em casa. Se na creche a criança come sentada e espera sua vez para falar, precisa ter o mesmo comportamento em casa.
A relação entre a família e a escola precisa ser fluente e presente. Se não for assim, será difícil a criança adotar bons hábitos e haverá espaço para a criação de conflitos de autoridade.
Essa tarefa não pode ser atribuída à escola. Os pais precisam assumir o compromisso de ensinar os filhos a se comportar. Quantas vezes ouvimos pessoas dizerem: "Na escola ele é um anjo, mas em casa é desobediente".
A obrigação de ensinar a se comportar não é exclusivamente da escola. Se isso é bem aplicado na escola, também precisa ser bem aplicado em casa. Se na creche a criança come sentada e espera sua vez para falar, precisa ter o mesmo comportamento em casa.
A relação entre a família e a escola precisa ser fluente e presente. Se não for assim, será difícil a criança adotar bons hábitos e haverá espaço para a criação de conflitos de autoridade.
Gostei! Apesar de não ter filhos, leio muito sobre educação, imposição de limites e como trabalhar com crianças e lidar com adolescentes, pois são público alvo do meu trabalho enquanto Assistente Social na política de Assistência Social. O que a gente observa muito é que os pais não estão querendo ter trabalho no seu papel de primeiro educador e joga toda a responsabilidade para a Escola e é ai que os educadores sofrem. Admiro muito Vocês, Educadores!
ResponderExcluirSim é verdade Kátia! Infelizmente a educação familiar está passando por dois momentos concomitantemente.
ExcluirO primeiro trata-se da valoração moral/social, um paradigma a ser estudado, não se tem certeza de como educar um filho para o mundo atual.
E o segundo fator é o econômico, que trata-se de manter minimamente as necessidades de sobrevivência com dignidade.
Juntando os dois a educação saiu perdendo em referência de atitudes/condutas familiar e o tempo dedicado a isso foi terceirizado para escola.
Já sabemos que a sociedade tem como célula essencial/estrurural a família, na constituição dos seres.
Se portanto ela altera sua qualidade no tratamento de sua prole fica difícil de encaminhar esses jovens à um perfil ajustado, producente e eficaz socialmente.
Somente a escola em parceria com a família, juntos, poderão vencer esse desafio.
Como diz o ditado: "- Uma andorinha só, não faz verão".
Obrigada pelo comentário e pelo carinho conosco, educadores!