Quando pensei em dialogar através de um blog esperava promover essas discussões sobre a educação, no país, seu significado, os caminhos que já trilhamos, os atuais e os que virão ...
Gostei dessa iniciativa e estou multiplicando a idéia, necessitamos de vários fóruns sobre esse tema e cada experiência ajuda na reflexão.
Estamos exercendo a metacognição ...
Etimologicamente, a palavra metacognição significa para além da cognição, isto é, a faculdade de conhecer o próprio ato de conhecer, ou, por outras palavras, consciencializar, analisar e avaliar como se conhece , pensar sobre o próprio pensamento?. Através da reflexão sobre a maneira como se aprende, pode-se repensar sobre os processos de pensamento individual.
Parabéns ao Observatório da Juventude.
Magda Cunha
Fonte: Onda Jovem - http://www.ondajovem.com.br/
‘É preciso um amplo debate e uma reformulação da estrutura
do ensino médio’, diz Observatório da Juventude
07/12/2012
O Observatório da Juventude da Universidade Federal de Minas
Gerais (UFMG) nasceu em 2002 para trabalhar com jovens na área cultural. A
partir de então, surgiu a necessidade de crescer e se transformar em um grupo
de pesquisa para analisar as principais demandas relacionadas à juventude. O
professor e coordenador do Observatório da Juventude, Juarez Tarcísio Dayrell,
quem também está participando do Seminário Juventude, Educação e Trabalho
iniciado hoje (6), na sede da ONG Ação Educativa em São Paulo (SP), contou um
pouco mais sobre este trabalho, em entrevista à ADITAL, confira:
ADITAL – Qual é a função do Observatório da Juventude? Onde
atuam?
Juarez Dayrell - O Observatório da Juventude se constitui
como um grupo de pesquisa, ensino e extensão em torno das questões relacionadas
à juventude, em torno de alguns eixos centrais: um é a questão da luta pelas
políticas públicas de juventude; um segundo eixo é pelo sentido de formação
específica pra jovens nas áreas demandadas, e também na formação de professores
para a sensibilização da centralidade de reconhecimento do jovem no aluno.
A atuação nacional do Observatório é só em nível de pesquisa, mas em termos de ação e
extensão a gente só tem mais localizado na região metropolitana de Belo Horizonte
[capital de Minas Gerais].
ADITAL – O que vocês percebem que precisa avançar mais para
a juventude nessa questão de educação e trabalho?
Juarez Dayrell – O grande "nó” é, primeiro, o
reconhecimento da juventude como uma faixa da vida sujeita de direitos, o
reconhecimento dos jovens como sujeitos de direitos. Neste sentido, o trabalho
vem como uma forma de inserção na sociedade e com isso uma inserção protegida,
principalmente, considerando as diferentes fases da juventude. Ou seja, além da
educação, são necessárias políticas públicas que garantam tanto a formação para
o trabalho, quanto a possibilidade dessa inserção gradativa no mundo do
trabalho.
ADITAL – Na saída do/a jovem do ensino médio, nem todos têm
acesso a uma faculdade ou universidade. Neste sentido, vocês acham que o ensino
médio está satisfatório para que o/a jovem acesse o mercado de trabalho?
Juarez Dayrell – De forma alguma. O ensino médio no Brasil
apresenta uma série de limites e precisa de uma reestruturação completa. Há um
distanciamento total da realidade dos jovens. Da forma como está estruturado
ele [ensino médio] não tem um sentido muito significativo. Nem forma para o
trabalho, nem forma para a universidade, ele fica um pouco no ar. As diretrizes
curriculares vêm dar uma direção, mas elas ainda não se implementaram de fato
no cotidiano escolar. Eu acho que é preciso hoje no Brasil, um amplo debate e
uma reformulação profunda da estrutura do ensino médio.
ADITAL – O que os jovens podem fazer para se prepararem
melhor para o mercado de trabalho, já que a educação não está suprindo essa
necessidade de forma satisfatória?
Juarez Dayrell – Esse é outro grande "nó”. Quer dizer,
a gente tem deixado os jovens à deriva, sem dar um suporte necessário para essa
inserção no mundo do trabalho. O que eu vejo é a importância da sensibilização
da escola, a partir de ações como esses projetos que foram relatados aqui hoje,
que possam contribuir para que eles reflitam sobre sua própria realidade, sobre
o contexto onde vivem e com isso apontem perspectivas para um projeto de futuro
significativo.
Para saber mais sobre o Observatório da Juventude, acesse:
http://www.fae.ufmg.br/objuventude/ ou escreva para:
observajuventudeufmg@yahoo.com.br